terça-feira, junho 16, 2009

A Sunday smile ...

- Vortô pra ficá, né?
- Não, achu qui minha sina é sempri caminhá.
- Tu carece é di criá raiz, minina.
- Num fala assim. Eu sintu qui andei, andei, andei, e num cheguei a lurgá ninhum. Sintu qui um tantu di coisa eu perdi e um tantu di coisa eu num cunsigui achá. Vivê é assim mermo? Essa coisa doida qui muda sempri? A separação di quem a gente qué? Andança sem pará? Pareci tudu sonhu. Vivê é isso? E o amô, quandu é di verdadi? E filicidade, quandu é di verdadi?
- Ói, a filicidade é o contrai do amô, né? A filicidade...
- I na vida, o qui vem dipois da morte?
- Num sei. A gente só sabi preguntá, num sabi rispondê não.
- Achu qui meu distino é sempre fazê u caminhu di vorta. Adeus!
- Mas será pussivi, minina, qui nossa sina seja sempri si dispidi?
- É não! Nossa sina é sempri si incontrá.

(Hoje é dia de Maria(na).)


"Teve certeza - ou claras suspeitas - que talvez não houvesse lesões, no sentido de perder. Mas acúmulos, no sentido de somar. Sim, sim. Transmutações, e não perdas irreparáveis. Substituições oportunas, como se fossem mágicas.
Sofre horrores, mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz."