domingo, agosto 24, 2008

Why so serious?

Tempos malucos esses últimos. E eu não sei se é pela velocidade com que as coisas andam acontecendo e desacontecendo dentro e fora de mim, ou se é a sensação de efemeridade contida nas pilastras de pessoinhas queridas perigando desabar que a gente anda procurando ajudar a segurar.
O fato é que eu me sinto num vagão de trem-bala que abre as portas e me larga em algum lugar desconhecido por um tempo, me obriga a lidar com situações inesperadas e peculiares, para depois vir me buscar e me deixar em algum outro canto com uma outra nova realidade. Tudo isso em intervalos extremamente rápidos e de maneira sucessiva.

Talvez pela impossibilidade de elucubrar muito a respeito e assimilar por completo os flashs de situações e emoções, talvez porque tem horas em que é preciso agir duas vezes antes de pensar, eis que chega a ser surpreendente o quanto minha sanidade mental e espiritual vem sendo mantida nesse processo todo. E com que facilidade ela aparentemente vem sendo mantida.

O engraçado é que eu fico esperando a hora do baque, sabe. Quando eu vou sentir o cansaço e o peso.
Porque mudanças sucessivas de realidade, tomadas rápidas de decisões importantes, despedidas por tempos indeterminados, e um prospecto de incertezas mil, é tudo o que existe de mais difícil pra mim na vida. É tudo aquilo com o que eu mais tenho dificuldade de lidar.
E sempre me baqueia. Nem sempre é nocaute, mas sempre me derruba por alguns instantes.

E é um misto de satisfação tímida por cogitar estar conseguindo quebrar tabus, com incompreensão por não haver a menor lógica em toda a cadeia de eventos recentes. Em todos os sentidos. Eu nem tento mais adivinhar muito. Já sei que vai ser algo totalmente inesperado e bizarro. Nem sempre ruim, às vezes muito pelo contrário. Mas totalmente inesperado.

E quem sabe a gente não precise de bizarrices e de alguém que destrua toda a ordem vigente de preceitos para podermos enxergar realmente, aprender e evoluir? Quem sabe já não esteja na hora de escancarar e tirar debaixo do tapete o que a gente esconde, e teme, e não gosta de assumir que existe e que nos comanda de alguma forma? Quem sabe a loucura e até um pouco de sadismo não sejam o empurrãozinho que esteja faltando pr'aquela revolução pessoal pela qual você tanto anseia?

Tudo que sei é que estou completamente fora da minha zona usual de conforto. Está tudo completamente diferente do que eu sempre achei que precisasse e desejasse pra ser feliz. E quer saber? It’s not that bad. At all.
Go figure.
Or not.

"You know, I just do things. The mob has plans, the cops have plans, Gordon's got plans. You know, they're schemers. Schemers trying to control their worlds.
I'm not a schemer. I try to show the schemers how pathetic their attempts to control things really are.
You know what I noticed? Nobody panics when things go according to plan. Even if the plan is horrifying.
Now introduce a little anarchy, upset the established order, and everything becomes chaos.
I'm an agent of chaos. And you know the thing about chaos? It's fair.
See, I'm not a monster. I'm just ahead of the curve."