Arrebentou. Dezenas de meses depois. Quando eu já tinha me acostumado, já tinha virado parte de mim. Em pensar que houve épocas em que eu ansiava tanto por isso. E ultimamente eu andei evitando e fugindo do pensar sobre o assunto tanto quanto andei fugindo deste blog.
Porque eu sempre penso demais, sempre conjecturo demais, e com isso as chances de idealizar e de me decepcionar são sempre maiores. Aí eu gosto de fazer de conta que consigo ser uma pessoa carpe diem, e ir simplesmente vivendo, um dia após o outro, sem tentar adivinhar/imaginar/esperar seja por acontecimentos futuros, seja por reflexos futuros dos acontecimentos presentes.
E até que consigo esse faz-de-conta por um período de tempo. Mas eis que existem as visitas inesperadas, os escritos que me desmontam, a foto no orkut que eu preferia não ter visto, os sentimentos alheios, e as minhas palavras (ou o meu silêncio) mexendo com esses sentimentos ...
Já faz algum tempo que eu discordo da tal raposa d’O Pequeno Príncipe. Esse fardo do tornar-se eternamente responsável por algo que você um dia cativou é injusto, chega até a ser cruel.
E até que consigo esse faz-de-conta por um período de tempo. Mas eis que existem as visitas inesperadas, os escritos que me desmontam, a foto no orkut que eu preferia não ter visto, os sentimentos alheios, e as minhas palavras (ou o meu silêncio) mexendo com esses sentimentos ...
Já faz algum tempo que eu discordo da tal raposa d’O Pequeno Príncipe. Esse fardo do tornar-se eternamente responsável por algo que você um dia cativou é injusto, chega até a ser cruel.
Primeiro porque as atitudes das pessoas que encantam tomam em nós uma proporção infinita e exageradamente maior do que realmente têm, pelo simples fato de termos sido cativados. E segundo, que acho humanamente impossível não magoarmos alguém quando há desencontro/despareamento de planos, expectativas e sentimentos; não importa o quão atencioso sejamos, ou o quanto nos importemos.
E é por isso que me incomoda deveras ter essa “obrigação” explicitada por outrem. Já me bastam a preocupação e a culpa absurdas que eu coloco em mim mesma. Não sou o tipo de pessoa que trata sentimentos alheios levianamente. Mas também não consigo não ser sincera (às vezes exagero, assumo), e não consigo não seguir meus impulsos toda vez que eles mexem comigo com tamanha intensidade.
Por um tempo eu achei que estava num dilema, que era uma questão de escolher a porta número um ou a porta número dois; sem que qualquer que fosse a escolha eu deixasse de escolher a mim mesma no processo. No fim das contas, estou achando que só tem é uma porta realmente aberta e disposta nesta história toda. Sinto-me até um tanto boba por ter acreditado e até sofrido com a suposta existência de um dilema.
É fato que joguinhos me cansam, e que quanto mais tentam me prender forçosamente, mais eu fujo. Mas o desistir sem sequer ter começado direito me entristece. Climinhas pesados e silêncios por orgulho besta me desanimam. E eu me recuso a deixar que façam com que eu me sinta ainda mais culpada do que já me sinto por estar tentando tomar uma decisão honesta sobre a minha vida.
A questão é que preciso ver onde dá, preciso continuar vivendo as coisas todas enquanto elas existem, entende? Eu sei lá o que acontece, quanto dura, se muda, etc. e tal. E se o irremediável destino final for eu quebrar a cara e ter de juntar caquinhos mais uma vez, que seja.
E é por isso que me incomoda deveras ter essa “obrigação” explicitada por outrem. Já me bastam a preocupação e a culpa absurdas que eu coloco em mim mesma. Não sou o tipo de pessoa que trata sentimentos alheios levianamente. Mas também não consigo não ser sincera (às vezes exagero, assumo), e não consigo não seguir meus impulsos toda vez que eles mexem comigo com tamanha intensidade.
Por um tempo eu achei que estava num dilema, que era uma questão de escolher a porta número um ou a porta número dois; sem que qualquer que fosse a escolha eu deixasse de escolher a mim mesma no processo. No fim das contas, estou achando que só tem é uma porta realmente aberta e disposta nesta história toda. Sinto-me até um tanto boba por ter acreditado e até sofrido com a suposta existência de um dilema.
É fato que joguinhos me cansam, e que quanto mais tentam me prender forçosamente, mais eu fujo. Mas o desistir sem sequer ter começado direito me entristece. Climinhas pesados e silêncios por orgulho besta me desanimam. E eu me recuso a deixar que façam com que eu me sinta ainda mais culpada do que já me sinto por estar tentando tomar uma decisão honesta sobre a minha vida.
A questão é que preciso ver onde dá, preciso continuar vivendo as coisas todas enquanto elas existem, entende? Eu sei lá o que acontece, quanto dura, se muda, etc. e tal. E se o irremediável destino final for eu quebrar a cara e ter de juntar caquinhos mais uma vez, que seja.
Porque quando eu escolhi ficar para me poupar, a dúvida do nunca-saber-como-seria foi uma das piores sensações que já tive na vida. Não é daquelas dores lancinantes de decepções que, de tempos em tempos, fazem com que nos sintamos vivos. É daquelas latentes, crônicas e silenciosas, que vão matando devagarzinho, lentamente como já dizia Neruda.
Então toda vez que algo forte me chamar, se mostrar disposto, e der a cara pra bater junto comigo, eu decidi que vou. Com um tanto de receio sim, daqueles que se tem diante de tudo o que é incerto. Mas pra viver os tais dos momentos-pra-sempre, a gente acaba tendo que dar/arriscar algo em troca. E se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria. Isso pra mim é viver.
Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa.
Ou não diga nada, mas chegue mais perto.
Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada...
Daqui a pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo.
Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor chegue mais perto.
Porque a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
Porque a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem ..."