segunda-feira, agosto 06, 2007

Tem horas em que a gente se pergunta por que é que não se junta tudo numa coisa só ...

Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem!
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar.
Quem foi que te ensinou a rezar? Que santo vai brigar por você? Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha TV, que eu vou de vez.
Não há porque chorar por um amor que já morreu.
Deixa pra lá, eu vou, adeus.

Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu.
Porque a vida só se dá pra quem se deu. Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não.
Não há mal pior do que a descrença. Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão.
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair. Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu, francamente, já não quero nem saber de quem não vai porque tem medo de sofrer.
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão.
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores.
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores.
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores.
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores.
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho.
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho.
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho.
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho.
Estou podando meu jardim. Estou cuidando bem de mim e da minha faringite-souvenir-de-Floripa.