quinta-feira, novembro 16, 2006

Eu sei, jogos de amor são pra se jogar ...

Relacionamentos são sempre despareados, isto é fato. Sempre vai ter um que vai gostar mais, estar mais envolvido, fazer mais, aguentar mais, e tudo o mais.

Por que é que, quando você é a parte "menos" e termina, você sempre se sente o pior ser do mundo?
Não importa o quanto você queira bem a pessoa, não importa o quanto você se preocupou em querer causar o menor estrago possível, não importa o quão sincero você tenha sido o tempo inteiro. Eu sempre me sinto muito mal.
É horrível saber que você está contribuindo de alguma forma para causar sofrimento a outrem. Deviam inventar um pozinho pra gente colocar na bebida do alguém antes de ter a conversa final; pra ele ir desencanando, aceitar bem que terminou, e seguir em frente atrás da felicidade e do próximo amor.

Ironicamente, não é desesperadoramente irritante o quanto qualquer mínimo gesto ou palavra da outra pessoa tem uma influência enorme sobre nós, quando somos a parte "mais" pós-rompimento?
Eu não sei se o pior é começar a chamá-lo de colega pra tentar forçar um desapego que está longe de existir; ou se é a impressão dele parecer não se importar muito com isso te devastar. Ah, maldito pozinho que ainda não existe!

Estar em ambos os lados ao mesmo tempo é uma experiência nova para mim. Sentir-se a vilã e a vítima concomitantemente, no mínimo, faz você colocar os fatos sob uma perspectiva diferente.
Dois mil e seis definitivamente está sendo o ano do aprender com relações amorosas. A pergunta que não quer calar é: será que desta vez finalmente acabou?
Porque toda vez que eu acho que o ciclo deu-se por encerrado, eis que vem a roda viva com suas roseiras pra lá e pra cá, e pra acolá de novo.
A gente sempre quer poder cultivar a roseira um pouco mais, antes d'ela ser carregada pra lá ...



"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante."
(Antoine de Saint-Exupéry)