Quebrou.
O encanto. A paixão. A capacidade de se alegrar e sofrer absurdos durante 90 minutos mais acréscimos. A Shibo. Os puta-que-pariu-que-golaço. O soluçar e ligar pro pai pra falar que porra-é-nosso. A vontade de vestir a camisa e defender o futebol-"moleque".
Nunca foi um arrependimento, sabe. Essa escolha de garotinha de cinco anos que se espelhava no pai. Nunca me incomodei em viver de história. Sempre foi uma relação onde não era acostumada a vencer, e tudo bem.
Relevei pseudo-ídolos como Giovani-Robinho-Diego. Engoli goleiros como Edinho. Doía mas eu perdoava cada vez que a coisa apertava e (re)contratavam o babaca do Luxemburgo.
E tudo parecia valer a pena .
Foram vinte-e-cinco anos de títulos e apresentações não relevantes extravasados em alguns meses de glórias. Foi um sentimento verdadeiro de admiração e torcida, dos que tinham o quê de irracional de tudo o que é muito intenso.
Até que passou do limite.
Eu te amo, babe. Mas mulher de malandro eu não nasci pra ser.
Então não dá pra assistir vocês escolherem um imbecil-com-fraldas-e-moicano frente ao meu-técnico-favorito-do-mundo. Não dá pra aceitar imaturidade-falta-de-respeito-e-ganância expulsarem um dos caras mais queridos-competentes-e-íntegros do futebol brasileiro atual. E fazer desse tipo de comportamento algo pra se idolatrar. E premiar com homenagem pelos cem jogos.
Então eu parei por aqui. Não engulo. Não visto mais a camisa.
Quero que faça ainda mais feio no Brasileiro de agora e na Libertadores do ano que vem. 'Bora perder do Corinthians time and time again. Tomara que o Ganso vá parar em algum time que o ajude a ser o próximo-melhor-jogador-do-mundo num ambiente menos hipócrita e mercenário.
E o que mais me entristece é perceber que a torcida (?) acha que tudo bem. Que ela não foi gritar lá na frente da Vila que Dorival, você é mais Santos que todos esses caras aí. Que continue lotando estádios. Que não inverta as faixas e fique de costas. Que não esteja fazendo toda uma pressão pra venderem o reizinho.
Porque tem coisa muito mais importante que pontos na tabela e dinheiro com patrocínio. É mister chacoalhar quem a gente gosta quando pisam na bola. E acordar mudanças. As tais das concessões mútuas em prol de continuar funcionando junto.
Mas a gente tem de saber se afastar quando não há negociação, ou quando limites alheios vão de encontro ao que você acredita.
Mesmo que te destrua por dentro. Mesmo que você ainda chore por silêncios.
Talvez eu não tenha mais o Santos. Espero que não pra sempre.
Que bom que ainda tenho o futebol.
O encanto. A paixão. A capacidade de se alegrar e sofrer absurdos durante 90 minutos mais acréscimos. A Shibo. Os puta-que-pariu-que-golaço. O soluçar e ligar pro pai pra falar que porra-é-nosso. A vontade de vestir a camisa e defender o futebol-"moleque".
Nunca foi um arrependimento, sabe. Essa escolha de garotinha de cinco anos que se espelhava no pai. Nunca me incomodei em viver de história. Sempre foi uma relação onde não era acostumada a vencer, e tudo bem.
Relevei pseudo-ídolos como Giovani-Robinho-Diego. Engoli goleiros como Edinho. Doía mas eu perdoava cada vez que a coisa apertava e (re)contratavam o babaca do Luxemburgo.
E tudo parecia valer a pena .
Foram vinte-e-cinco anos de títulos e apresentações não relevantes extravasados em alguns meses de glórias. Foi um sentimento verdadeiro de admiração e torcida, dos que tinham o quê de irracional de tudo o que é muito intenso.
Até que passou do limite.
Eu te amo, babe. Mas mulher de malandro eu não nasci pra ser.
Então não dá pra assistir vocês escolherem um imbecil-com-fraldas-e-moicano frente ao meu-técnico-favorito-do-mundo. Não dá pra aceitar imaturidade-falta-de-respeito-e-ganância expulsarem um dos caras mais queridos-competentes-e-íntegros do futebol brasileiro atual. E fazer desse tipo de comportamento algo pra se idolatrar. E premiar com homenagem pelos cem jogos.
Então eu parei por aqui. Não engulo. Não visto mais a camisa.
Quero que faça ainda mais feio no Brasileiro de agora e na Libertadores do ano que vem. 'Bora perder do Corinthians time and time again. Tomara que o Ganso vá parar em algum time que o ajude a ser o próximo-melhor-jogador-do-mundo num ambiente menos hipócrita e mercenário.
E o que mais me entristece é perceber que a torcida (?) acha que tudo bem. Que ela não foi gritar lá na frente da Vila que Dorival, você é mais Santos que todos esses caras aí. Que continue lotando estádios. Que não inverta as faixas e fique de costas. Que não esteja fazendo toda uma pressão pra venderem o reizinho.
Porque tem coisa muito mais importante que pontos na tabela e dinheiro com patrocínio. É mister chacoalhar quem a gente gosta quando pisam na bola. E acordar mudanças. As tais das concessões mútuas em prol de continuar funcionando junto.
Mas a gente tem de saber se afastar quando não há negociação, ou quando limites alheios vão de encontro ao que você acredita.
Mesmo que te destrua por dentro. Mesmo que você ainda chore por silêncios.
Talvez eu não tenha mais o Santos. Espero que não pra sempre.
Que bom que ainda tenho o futebol.
Dorival, você é o meu Zico.