domingo, outubro 29, 2006

Na vida quem perde o telhado, em troca recebe as estrelas ...

“Quando o mundo te fecha a porta, ele abre uma janela”; “Deus escreve certo por linhas tortas”; “Tudo sempre acaba bem, se não está bem, é porque ainda não chegou ao fim”; “Você ainda vai olhar para trás e ver que foi a melhor coisa que poderia ter acontecido”... São incontáveis as frases feitas e clichês objetivando nos devolver o otimismo, a esperança e a força para prosseguir naqueles momentos em que as coisas simplesmente não ocorrem da maneira que tanto queríamos. E, apesar de ainda não ser a pessoa super expert em se tratando de fatos de vida, eu já vivi o suficiente para comprovar que os clichês acima são mesmo verdadeiros.

Não importa o quão penosa seja a peça que o destino tenha lhe pregado, não importa o quão grande seja sua dor e sua sensação de que não vai melhorar nunca ... por mais injustiçado que você se sinta, por mais sem sentido que os fatos possam lhe parecer ... o tempo vai passar e fazer “milagres”. Cedo ou tarde, você vai acabar superando e percebendo que os acontecimentos foram sim necessários e acertados: seja porque você tenha tirado uma lição importante de tudo, seja porque eles o levaram a oportunidades e vivências muito melhores, seja porque você já tinha vivido e absorvido tudo de construtivo que aquele relacionamento tão especial tinha para lhe proporcionar (e fins de relacionamentos especiais nunca são tranqüilos de se aceitar e de enxergar). E então, finalmente, você fica só com as lembranças boas e queridas de cada momento.

Comigo, pelo menos, sempre aconteceu assim. E cada vez mais, eu ando aprendendo a admirar essas reviravoltas todas da vida, a apreciá-las ao máximo, e a me controlar para questioná-las de menos.
No entanto, atualmente, eu ainda estou naquela fase do ciclo onde fica difícil enxergar o propósito dos MEUS planos não coincidirem com os a vida real. Eu ainda não atingi o ápice do desapego em se tratando de uma certa pessoa especial e em especial.

Portanto, nem que seja por um momento, deixa-me dizer que para mim ainda não passou, não acabou. Deixa-me dizer que sinto saudades imensas, do que foi, do que poderia ter sido, de como eu queria que fosse. Deixa-me confessar que já senti toda a culpa do mundo por não ter aceitado todos os teus convites e propostas, por não ter me deixado levar toda vez que tu soltavas tuas palavras e versos perfeitos, por não ter bancado para ver no que dava mesmo com tantos empecilhos. Empecilhos estes que cada vez mais me parecem insignificantes perto de tudo o que andas me fazendo sentir e sofrer.

Deixa-me gritar alto que eu queria-te aqui comigo, pra conversar, pra dar risada, pra te contar do meu dia e ouvir sobre o teu; pra olhar nos teus olhos e sentir que a gente se entende e que tu sempre me entendes mais do que qualquer outra pessoa, sem que nenhuma palavra precise ser dita. Deixa-me contar que lembro da nossa noite perfeita nos mínimos detalhes, e daria praticamente tudo para poder te beijar, sentir-te meu, ouvir teus sussurros ao pé do ouvido, e enroscar de novo as nossas pernas para nunca mais soltar.

Sim, eu sei que não tenho o direito de reclamar enquanto a vida continuar me trazendo surpresas tão queridas quanto fostes tu, mas ainda ficou muito de ti em mim. Muito. Eu ainda preciso de ti, e precisar dói. Por isso estou pedindo um desconto momentâneo, pode ser?