tag:blogger.com,1999:blog-367626462024-03-13T17:48:27.436-03:00Cantinho Escondido"Ali na esquina do sonho com a razão ..."Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comBlogger90125tag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-62197712389277884782010-10-19T23:51:00.001-02:002010-10-19T23:53:43.066-02:00Get your kicks on route 66 ...<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">“Change. We don’t like it, we fear it.<br />
But we can’t stop it from coming.<br />
We either adapt to change, or we get left behind.<br />
It hurts to grow. Anybody who tells you it doesn’t is lying.<br />
But here’s the truth: <br />
Sometimes the more things change, the more they stay the same.<br />
Sometimes change is good.<br />
Sometimes, oh, sometimes change is everything.”</div><div style="color: #990000; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><u style="color: #990000;"><b><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">www.liveonislands.blogspot.com </span></b></u></span></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-5985803097822750732010-10-06T23:43:00.000-03:002010-10-06T23:43:58.224-03:00Pra galera da estrela ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_7aEOIM3R9Gg/SpUjiPqgoYI/AAAAAAAAApY/enc7j-w2VrY/s400/estrela+do+pt+chora.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="125" src="http://4.bp.blogspot.com/_7aEOIM3R9Gg/SpUjiPqgoYI/AAAAAAAAApY/enc7j-w2VrY/s200/estrela+do+pt+chora.JPG" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Alô você, que também estava todo ansioso e animado com a tal festa da democracia, e acordou segunda-feira com a ressaca-mor, essa que dura até agora. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Venho por meio desta informar que "tamo" junto. Que quero estar junto. Mesmo.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Veja, mudei meu voto ideológico no Plinião pra não ter segundo turno. Juntei todo o meu incômodo com escândalos, alianças contestáveis, políticas econômicas e trabalhistas, e varri pra debaixo do tapete. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Por enxergar sim o mérito e os avanços, por acreditar que vale a pena continuar. Mesmo com governismo e social-democracia. Pra além da minha total ojeriza para com a opção sucateante-preconceituosa-alienante-psdebista, para com a figura do Serra, para com a maneira com a qual eles sempre levaram campanhas e debates </span><s><span style="font-family: "Georgia","serif";">difamações terroristas</span></s><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Daí a gente acorda com segundo turno, Marina com vinte por cento, Alckmin por mais quatro anos, Marta quase não-eleita, e as bancadas com representantes bizarríssimos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Daí a eleição que pra mim era a eleição dos avanços democráticos agora tá pautada no retrocesso de valores, e no fundamentalismo religioso.</span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">É um soco no estômago. Eu sei. É a gente guardando os fogos e o champagne que tava trincando. É perceber que ainda estamos bem mais longe do que parecia.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">M<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;">as hey, vale-tudo não, né. Dependendo da forma como "consertarem" o posicionamento sobre aborto, cogito, com a maior dor no coração, anular meu voto. Perdem meu apoio.</span></span><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"> E eu realmente não quero fazer isso.</span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;">Não que eu espere legalização do aborto como uma proposta a ser listada. Entendo que é toda uma discussão que tá</span> muito incipiente e precisa de chão pra ser aprofundada. Mas falar que nunca, ratificar que é assassinato, pisar nas lutas das mulheres pra ganhar de qualquer jeito, eu não consigo varrer pra debaixo do tapete. Seria o meu estopim. Se ainda não dá pra ajudar, por favor, não atrapalha. </span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Então fico aqui torcendo pra contornarem a situação esclarecendo e desmitificando boatos, e não chutando meus direitos por serem polêmicos. Porque sério, nunca quis tanto fazer campanha como agora. Nunca quis tanto tentar desconstruir essa maldita onda verde </span><s><span style="font-family: "Georgia","serif";">SWU</span></s><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> - de palavras bonitas porém vazia, pouco propositiva e resolutiva, de protesto raso-pontual, com esses por cento de cegueira <span style="font-size: small;">dogmática </span></span><span style="font-size: small;"><s style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="line-height: 115%;">plebiscitos</span></s></span><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> e pseudo-honestidade. </span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Então não me expulsem do barco. Não façam a gente andar pra trás. Não joguem toda uma história no lixo por medo de perder. </span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">'Bora ganhar dignamente. É o que eu espero. Também assustei, broxei um tanto, ando receosa com viradas baseada em boatos e na força do anti-petismo. Mas "tamo" junto, porra. Só não desesperar - e apelar. Deixa isso pra eles. Confia! </span><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> </span></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-89472507528080737132010-10-01T18:30:00.028-03:002010-10-01T22:56:03.806-03:00Caiu na rede é peixe lê-lê-á ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://e.i.uol.com.br/esporte/futebol/2010/08/05/tecnico-dorival-jr-comemora-a-conquista-do-santos-na-copa-do-brasil-1280981414558_615x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="http://e.i.uol.com.br/esporte/futebol/2010/08/05/tecnico-dorival-jr-comemora-a-conquista-do-santos-na-copa-do-brasil-1280981414558_615x300.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;">Quebrou.<br />
O encanto. A paixão. A capacidade de se alegrar e sofrer absurdos durante 90 minutos mais acréscimos. A Shibo. Os puta-que-pariu-que-golaço. O soluçar e ligar pro pai pra falar que porra-é-nosso. A vontade de vestir a camisa e defender o futebol-"moleque".<br />
<br />
Nunca foi um arrependimento, sabe. Essa escolha de garotinha de cinco anos que se espelhava no pai. Nunca me incomodei em viver de história. Sempre foi uma relação onde não era acostumada a vencer, e tudo bem.</span> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><br />
<br />
Relevei pseudo-ídolos como Giovani-Robinho-Diego. Engoli goleiros como Edinho. Doía mas eu perdoava cada vez que a coisa apertava e (re)contratavam o babaca do Luxemburgo.</span> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><br />
E tudo parecia valer a pena .<br />
Foram vinte-e-cinco anos de títulos e apresentações não relevantes extravasados em alguns meses de glórias. Foi um sentimento verdadeiro de admiração e torcida, dos que tinham o quê de irracional de tudo o que é muito intenso.<br />
<br />
Até que passou do limite.</span> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><br />
Eu te amo, <i>babe</i>. Mas mulher de malandro eu não nasci pra ser.<br />
Então não dá pra assistir vocês escolherem um imbecil-com-fraldas-e-moicano frente ao meu-técnico-favorito-do-mundo. Não dá pra aceitar imaturidade-falta-de-respeito-e-ganância expulsarem um dos caras mais queridos-competentes-e-íntegros do futebol brasileiro atual. E fazer desse tipo de comportamento algo pra se idolatrar. E premiar com homenagem pelos cem jogos.<br />
<br />
Então eu parei por aqui. Não engulo. Não visto mais a camisa. </span> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><br />
Quero que faça ainda mais feio no Brasileiro de agora e na Libertadores do ano que vem. 'Bora perder do Corinthians<i> time and time again</i>. Tomara que o Ganso vá parar em algum time que o ajude a ser o próximo-melhor-jogador-do-mundo num ambiente menos hipócrita e mercenário.<br />
<br />
E o que mais me entristece é perceber que a torcida (?) acha que tudo bem. Que ela não foi gritar lá na frente da Vila que Dorival, você é mais Santos que todos esses caras aí. Que continue lotando estádios. Que não inverta as faixas e fique de costas. Que não esteja fazendo toda uma pressão pra venderem o reizinho. </span> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><br />
<br />
Porque tem coisa muito mais importante que pontos na tabela e dinheiro com patrocínio. É mister chacoalhar quem a gente gosta quando pisam na bola. E acordar mudanças. As tais das concessões mútuas em prol de continuar funcionando junto. </span> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><br />
Mas a gente tem de saber se afastar quando não há negociação, ou quando limites alheios vão de encontro ao que você acredita. <br />
Mesmo que te destrua por dentro. Mesmo que você ainda chore por silêncios.<br />
<br />
Talvez eu não tenha mais o Santos. Espero que não pra sempre.</span> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><br />
Que bom que ainda tenho o futebol.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;">Dorival, você é o meu Zico. </span></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-92164481573988075752010-08-29T18:03:00.000-03:002016-09-17T02:28:13.682-03:00Diabetes ...<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/T1Gu1yS2_QU?fs=1&hl=pt_BR&rel=0&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"></param>
<param name="allowFullScreen" value="true"></param>
<param name="allowscriptaccess" value="always"></param>
<embed src="http://www.youtube.com/v/T1Gu1yS2_QU?fs=1&hl=pt_BR&rel=0&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-8330864524144325662010-03-21T23:05:00.002-03:002010-03-21T23:12:47.277-03:00Wild things ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.blogtribuna.com.br/MiseEnScene/ImageBank/FCKEditor/image/Where%20The%20Wild%20Things%20Are/wherethewildthingsare_foto%202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://www.blogtribuna.com.br/MiseEnScene/ImageBank/FCKEditor/image/Where%20The%20Wild%20Things%20Are/wherethewildthingsare_foto%202.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
<br />
<i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">- He loves you.</span><br style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;" /><br style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;" /><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">- But he complicates things so much.</span><br style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;" /><br style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;" /><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">- You're his family.</span><br style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;" /><br style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;" /><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">- Family is hard.</span></i><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i>Family is hard. Relationships are messy.</i> E andamos todos por aí, escondidos debaixo do nosso capuz com orelhas, <i>pretending.</i> <i>Pretending to be a wolf, pretending to be a king, pretending everything's okay.</i></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Tendo como companheira fiel a maior imaginação do mundo. Aquela, lapidada após tardes e tardes solitárias, em meio a discos-livros-computadores, falando sozinhos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Observando a vida meio à margem, num eterno sentimento de não pertencer. De não "encaixar" nos grupinhos da maioria das outras crianças, adolescentes, adultos, monstros. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Tentando entender como diabos viemos parar num lugar onde todos idolatram a sabedoria e a perspicácia de corujas, quando tudo o que elas dizem nos soa extremamente estúpido e sem sentido.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eis que há a tal da imaginação, o mundo (re)inventado. Mundo onde somos reis, com as mulheres e os amigos que gostaríamos na cama e pilhas de criaturas que bem escolhemos. O que demora um tanto pra assimilar é que ainda que tentativa de fuga louvável, ainda que se construa um forte <i>where only the things you want to happen would happen,</i> continua não sendo o suficiente <i>to keep out all the sadness</i></span>.<br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Porque nós, nós sabemos que uma hora o sol vai morrer e tudo vai ficar escuro. Sabemos que mais cedo ou mais tarde o que é rocha vira sim sempre poeira. Que nem coroa nem tamanho nos fazem menos insignificantes e impotentes frente ao curso do universo. Nós, nós entendemos o que é acordar um dia e perceber que<i> well, you don't have any teeth anymore.</i></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">É uma vida toda na selva. Sem saber ao certo se jogamos no time dos <i>bad guys </i>ou <i>good guys.</i> Com buracos ora intencionalmente abertos, ora arduamente - por vezes, inutilmente - remendados. Mordendo, e arrancando pedaços, exatamente (d)aqueles que mais amamos.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">E por mais que a gente entenda que somos <i>downers.</i> Por mais que a gente tenha aquela resignação de quem sabe que nasceu pra caminhar sozinho. Vezenquando cruzamos com outros estranhos durante a travessia. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">E o mais difícil é perceber que eles também são <i>ordinary,</i> que não são responsáveis por resolver <i>all the mess that we cannot,</i> e que não, não podemos engolí-los por isso. Custa entender que <i>happiness isn't always the best way to be happy</i> em qualquer um dos mundos que a gente resolva estar e criar.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Porque sim, em qualquer um deles <i>family is hard, relationships are messy, and we are always pretending. </i>Mas há pratos quentinhos nos esperando com abraços ainda doloridos pelas marcas de mordida. Há despertares conjuntos ao som de Al Green. Há despedidas cúmplices ao zarpar apenas com um olhar. Há trilhas que ainda que com eucaliptos valem a vista. Há ressonância tão grande que dá vontade de engolir.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eu disse que não tinha mais idade pra filme de criança.</span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Ele disse que não tem mais idade pra textos clichês.</span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Vai ver nem eu.</span><br />
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Mas quer saber?<i> Inside all of us still is.</i></span> </div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-31585526486477957702010-03-02T02:02:00.002-03:002010-03-02T02:08:22.256-03:00He wanted a sudden death ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://lonelyhunters.com.sapo.pt/virginsuicides2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="http://lonelyhunters.com.sapo.pt/virginsuicides2.jpg" width="320" /></a></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Surgiu ali na esquina um tanto zonzo, cambaleando pela calçada. Passos lentos, curtos, como se estivesse pesado prosseguir. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Apoiou-se por um instante no portão. Respirou vagarosa e profundamente. Como que pra tentar recuperar o equilíbrio, e talvez a direção. E sentido(s), recupera?</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Se houvesse mais carros no estacionamento deserto não teria encontrado o seu. Não em meio a tudo. Tsunamis e terremotos. Ali, dentro, de si.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Procurou pela chave nos bolsos. Da frente, de trás. Maldita memória. Andava perdendo tudo. Esquecendo tudo. Antes não era assim. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Tinha dito ao médico. Não pode ser normal um troço desses, doutor. Não tenho idade praquela demência dos velhos. Como era mesmo o nome? Porra, nem do nome da doença se lembrava mais.<br />
Foi quando se deu conta de que tinha deixado a chave dentro do carro, aberto. Óbvio. Estacionamento. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Riu da própria estupidez. Num misto de aceitação e auto-comiseração.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Já sentado do lado de dentro, fitava a meia dúzia de folhas sulfite. Que vinha carregando consigo desde que saiu do consultório. Com o cuidado e a aflição de quem carrega ali algo tão frágil quanto importante. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Alguns dos números já um tanto borrados. Mezzo lágrimas, mezzo suor. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Fitava e re-fitava cada um daqueles valores, os quais já sabia praticamente de cor.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Na esperança de ter deixado algo passar, de encontrar algum engano. Porque só poderia ter ocorrido algum engano. Enganos acontecem. Qualquer um está sujeito a se enganar. O laboratório, o doutor.<br />
Que outra pessoa poderia entender mais de si do que ele próprio? Décadas e décadas de convivência. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Algumas consultas, algumas amostras de sangue, isso sim tem margem de erro. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Mas ele? Ele não. Ele sentia. E sabia que havia ali, naquelas consultas, naqueles valores, nas palavras do doutor de minutos atrás, algo de muito errado.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Procurou por um cigarro. Maço vazio. Excelente. Nem de repor cigarros se lembrava mais. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Olhos marejando. Aquela maldita lágrima que teima em escorrer mesmo contra todas as vontades. Além de desmemoriado agora deu pra ficar emotivo.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Ela ficaria surpresa em presenciar um momento ridículo desses, de emoções transbordando.<br />
Riu mais uma vez de si mesmo. Dessa vez com um ar de deboche.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
E agora, o quê? O que a pessoa faz com isso. Com toda essa nova informação.<br />
Já tinha tudo programado. Todos os planos, todos os próximos passos. <br />
A viagem, o apartamento, a conversa com ela. Sim, a conversa com ela. Nada mais de caixa-postal, nem do imbecil com as mãos ao redor daquela cinturinha. Que porra, continuava praticamente a mesma da época da faculdade. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">E com os caras do escritório, com o chefe, tudo resolvido. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">A família então, finalmente iria ouvir do velho aquilo que ele foi incapaz de dizer durante todos esses anos.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Só ficava triste pelo menino. Imaginava ele sem ter pra quem mandar um cartão no dia dos pais, sem alguém pra famosa conversa da camisinha, sem o alguém que apagava os sites de pornografia no histórico do mozilla pra chatice do mas-fernando-ele-ainda-é-muito-novo sequer chegar aos ouvidos dele.<br />
Grande garoto. Talvez a única coisa que tenha saído certa. Merece a lembrança etérea de um pai perdedor, e não a presença real dele por perto. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Porque na lembrança reinventa-se, reescreve-se. Com certeza o fracasso em pessoa iria ser amenizado e substituído por características muito mais dignas. Bendita saudade. Santo esquecimento que preenche lacunas da maneira que mais lhe convém.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Mas o doutor então chega e diz que os exames mostraram resultados inacreditáveis. Que o que parecia um câncer incurável na verdade era um tumor passível de cura. Uma cirurgia simples e pronto. Cara de sorte, ele disse. A chance de ser algo assim tão benigno era menor do que dez por cento.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Sorte? Ele sequer tem idéia do que dissera. Com aquele sorriso irritante no rosto, de quem traz as boas-novas. Até pra isso um perdedor. Noventa por cento de chance de vencer, e pronto, derrota. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Fechou a porta o parabenizando com um aperto de mão e um até logo. Provavelmente imaginando que o choro era de alegria. Mas é óbvio. Vencedores não reconhecem um choro de derrota mesmo quando escancarados na sua frente.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
E agora. Diz. Estava tudo certo. Esquematizado. Seria digno, uma fatalidade. A doença, e não uma desistência. Porque nem desistir conseguia. Nem pra selecionar o próprio game over. Mesmo quando há tempos apenas agonizando a espera do golpe final. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Patético. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">I know, Nina, I know. Either way I lose. I fucking lose.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Riso novamente. De cansaço, de descrença, de vergonha.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">De desistência. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">...</div><br />
<div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">"Talvez por não conseguir morrer aos bocadinhos como toda a gente - processo a que toda a gente dá outro nome - , morreu antes do tempo ao longo de meia dúzia de segundos mal contados. </span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Morre-se sempre em vida, mas há quem insista em ir à frente deixando tudo para trás. </span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A verdade é que isto não é sobre ela, mas sobre todos os que nos impedem a despedida. </span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">E uma despedida não é um aceno, é um momento de crua consciência. </span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A dois. </span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Ainda que as costas se voltem, ainda que a matemática nos imponha uma subtracção irreversível."</span></i></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://lonelyhunters.blogspot.com/"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">(Pedro Jordão)</span></i></a></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-41712924170023204972009-10-28T02:06:00.005-02:002009-10-28T15:14:22.142-02:00Da rapaziada ...<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Não é preciso ter lido todos os teóricos e fazer falas fantásticas. Não é necessário saber de cor a cronologia político-partidária brasileira. Na verdade mesmo, expressar-se citando os termos "apropriados" e palavras difíceis também não é importante.<br /><br />Basta parar por uns instantes pra observar as coisas ao redor, pensar um pouquinho sobre elas e principalmente, incomodar-se. Num primeiro momento, nem há a necessidade de conseguir verbalizar organizadamente o porquê do incômodo, de analisar a conjuntura, e de propor alternativas. É só sentir aquela coceira ao presenciar-escutar-ler acontecimentos do dia-a-dia.<br /><br />E eles se incomodaram.<br />Incomodaram-se porque entendem que a universidade é mais do que aulinhas pra preparar pra futura profissão. Que ela tem que ser pensada diferente, vivida diferente. E que nela a gente pensa diferente também o mundo. E discorda, discute, disputa, apanha, aprende, cresce, constrói.<br /><br />Incomodaram-se porque entendem que ela não é um clubinho que premia quem passa na provinha. Clubinho cercado por portões, os quais a gente abre vezenquando pra "população". Em iniciativas assistencialistas-unilaterais-pontuais. Que no fundo são só formas da gente testar nossa prática da futura profissão em campo. Mas chamamos de "extensão", dizemos que o aprendizado foi mútuo, e ficamos todos de consciência limpa por termos feito uma boa ação, quase que uma caridade. Bons samaritanos que somos. "Devolvendo" algo para a sociedade que paga por nossos estudos.<br /><br />Incomodaram-se com as desigualdades todas, com a demonização dos movimentos sociais e das políticas afirmativas. E criticaram. As propostas vazias e meramente eleitoreiras, o pseudo-apartidarismo, a apatia-abstenção em qualquer tipo de discussão de questões do mundo além-bolha.<br /><br />E eu nem me lembro de tê-los visto antes pelos corredores. Mas disseram tudo isso. Tudo isso lá. No pseudo-Olimpo alienado, preconceituoso e corporativista. E eu achei lindo demais.<br />Lógico que depois o nível de debate caiu até o inferno, os ânimos se exaltaram, e aquelas falas e idéias todas meio que se perderam para a maioria em meio ao circo.<br />Mas pra mim, não. Elas continuaram ecoando e ecoando. Quando ressoa não se perde assim por qualquer besteira. Nem com o picadeiro em chamas.<br /><br />Porque a gente percebe quando acha alguém do "grupinho". Há aquela sensação de identificação, de pertencimento. Que é tão importante em ambientes inóspitos. Porque com o tempo vai rolando um desgaste inevitável, uma sensação de estar falando com as paredes, de que não tem muito como disputar quem não se importa com desigualdades e injustiças tão gritantes. O tipo alienado-vive-feliz-em-sua-própria-bolha-foda-se-o-resto facilmente vai na onda dos reacionários-inteligentes-articulados. E dá tanto trabalho pra qualquer semente de proposta vingar num solo desses.<br /><br />Daí que não me importa a derrota nas urnas. Não mesmo. Importa é que eles se incomodaram. O suficiente pra juntar um grupo e falarem tudo aquilo. Que a gente sabe que lá é o mesmo que oferecer a cara pra porrada. Que a gente sabe que significa "perder" coleguinhas de turma e aguentar piadinhas e provocações na sala. E eles aguentaram os socos todos, a falta de respeito, os argumentos vazios, e até as ações de má-fé mesmo.<br /></div><br />E tudo o que eu mais queria é que eles entendessem a minha alegria frente ao suposto desastre. Que conseguissem levantar a cabeça e sentirem-se satisfeitos como eu estou. Porque eu aprendi cada vez mais a comemorar cada semente crítica e potencializadora, ao invés de deprimir por cada milhar de perpetuadores do que está aí.<br /><br />É uma bosta mesmo. Esse caminho que a gente escolheu, o lado em que acabamos ficando quando sofremos da coceira do incomodar-se. É de pouquinho em pouquinho. Um por um. Pelo menos até chegar no número suficiente de conseguir <strike>explodir o parlamento</strike> contaminar a plantação.<br /><br />Mas mesmo no chão insalubre eles surgiram. E tem tudo pra surgirem outros tantos que ouviram-leram tudo o que eles disseram. E isso deve ser comemorado sempre.<br />E eu só queria que eles entendessem tudo isso. Que fez meu dia saber que tem gente chegando enquanto a gente tá saindo. Que dá força de continuar nas próximas instâncias. Que essas "pequenas" vitórias são tão importantes. Que eles ali minoria, debaixo do palanque, longe dos holofotes, nas esquinas negligenciadas, são tão importantes, porra.<br /><br /></div><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/IfTXOVPkFpg&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/IfTXOVPkFpg&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-36073838903630193502009-07-25T18:24:00.007-03:002009-07-25T20:52:03.480-03:00#Maisumbitchyday ...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm1.static.flickr.com/221/512773697_c753f6d05d.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 500px; height: 281px;" src="http://farm1.static.flickr.com/221/512773697_c753f6d05d.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Então que eu tô há horas lendo posts, comentários, e tuítes dos dois lados (porque avacalhou pra polarização e lados "inimigos") sobre a polêmica toda do <span style="color: rgb(255, 0, 0);">#lingerieday</span>. E a sensação que domina é a de profunda tristeza. Mesmo. De ficar com vontade de chorar.<br />Porque parece que no fim, por mais brilhantes e inteligentes que as pessoas sejam, o debate sempre acaba descambando pra rixinhas pessoais.<br /><br />Uma campanha de merda, idealizada por cérebros de merda, consegue fazer gente fantástica ficar de birrinha, desqualificando uns ao outros com ofensas de quinta-série. Gente fantástica em lados opostos de trincheiras, discutindo qual feminismo é o mais bacana, o nosso ou o de vocês. Sério. Me dá tanto enjôo e raiva (e tristeza) quanto as piadas sobre falta de pinto dos toscos no hospital. Talvez mais.<br /><br />Se de um lado - talvez no calor da revolta e da discussão - acabaram desqualificando a escolha de quem participou com alguns argumentos nada sutis e de cunho pessoal. De outro lado, o que eu acho mais complicado nisso tudo é malandramente mudar todo o foco da discussão. Na boa, eu não vou saber citar um terço dos teóricos todos que elas citam (ultimamente, sadly, só ando lendo Caio e medicina), nem tenho o dom de destrinchar e me expressar tão bem quanto elas, mas já foi mais do que o suficiente pra entender que a questão pra polêmica toda foi a erotização feminina NAQUELE contexto. Não a erotização e sexualidade per se como formas de liberdade e empoderamento. Simples assim. Então pra que mudar todo o foco? Por que, hein? Tão triste, tão desnecessário, cansa tanto.<br /><br />Além do mais, eu juro que não entendo qual o problema de errar na análise de vez em quando. Ora, não somos perfeitos. E o fato de às vezes (ou uma única vez, sei lá) eu acabar tomando uma atitude que, na hora me pareceu extremamente acertada e condizente com o que eu acredito; e mais tarde, perceber que acabou tendo uma repercussão que well, não era bem o que eu queria. Acontece, porra. Não desqualifica quem eu sempre fui, tudo o que sempre pensei e defendi, e todos os meus princípios. A gente levanta, assimila, e bola pra frente, <span style="font-style: italic;">cazzo.</span><br /><br />E é tão comum, sabe. Errar tentando acertar. Inconscientemente. Difícil ter de pensar sempre em todas as repercussões e consequências de um ato meu em dada situação. Tem horas em que a gente não enxerga mesmo todas as variáveis e todo o contexto. Ou enxerga e enxerga borrado. Quantas vezes, mulheres/negros/homossexuais/insira-aqui-a-classe-que-tu-preferir, fomos objetificados ou colocados em situação de vulnerabilidade sem percebemos? Muitas vezes com o nosso aval, mas sem nos apercebemos disso. E na hora, em nenhum momento nos sentimos objeto, menos, nada disso. Mas olhando depois, fica claro que fomos. Porque tem coisa que tá tão arraigada, tão no dia-a-dia, que às vezes a gente demora pra notar, principalmente quando de dentro. Ou só nota mesmo depois das consequências. Isso me diminui pro resto da vida? Me faz menos inteligente, perspicaz, militante, respeitável, e a porra toda? Acredito que não. Muito pelo contrário.<br /><br />Porque se pra mim indivíduo, tal ato meu isolado tenha tido um significado X, esse mesmo ato, quando colocado <span style="color: rgb(102, 0, 0);">fora do vácuo</span>, pode mudar de significado, assim no macro, sabe. De um jeito que eu não pretendia, que inclusive era o oposto do que eu imaginava, mas que ocorreu, não dá pra ignorar. E mais uma vez, isso não me diminui pro resto da vida. Não tira todos os meus ideais, qualidades, feitos, propósitos. Me deixa mais atento, experiente, e capacitado pra todas as próximas análises e obstáculos.<br /><br />Mas é difícil fazer <span style="font-style: italic;">mea culpa</span>, né. Mais fácil - e muito mais nocivo - é utilizar da nossa facilidade com palavras e argumentações e distorcer todo o foco. E ficar recebendo aplausos dos toscos de plantão. E estreitando laços com cérebros de merda. E a discussão, que foi o mais fantástico de tudo nessa campanha de merda, se perde em clubinhos e gente que fica-de-mal. E as pessoas brilhantes rompidas por aí, discutindo se o meu ou o dela tá mais certo. Quando na verdade, era tudo o nosso.<br />Cansa, viu. E chateia.<br /></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-41430294531945546792009-07-24T00:18:00.012-03:002009-07-24T00:57:30.579-03:00#Bitchin'day ...<span style=";font-family:georgia;font-size:85%;" ><span style="font-size:78%;">(Sétima tentativa disso postar. Quase desistindo do blogger ...)</span>
<br /></span><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Georgia; panose-1:2 4 5 2 5 4 5 2 3 3; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;} </style> <![endif]--><p style="text-align: justify;">Daí que eu sou feia, frígida, sem senso de humor, mal-ou-não-comida. Fundamentalista também se aplica.</p> <p style="text-align: justify;">Porque obviamente é isso o que justifica minha cara de reprovação frente aos comentários jocosos e preconceituosos de hoje pela manhã. Depois de uma implicância exagerada e totalmente desnecessária de uma das enfermeiras. Porque óbvio que o motivo do comportamento todo da moça só pode ser uma coisa. E aí começaram com várias explicações engraçadinhas pra chatice da mulher. S.V.V. (Síndrome da Vagina Vazia). Risadas. Anemia ferropriva (por falta de um certo tipo de ferro fálico). Risadas novamente. Isso aí é falta de alguém que a pegue de jeito. Mais risos. E meu olhar ficando cada vez mais homicida.</p> <p style="text-align: justify;">Mas é só porque a Mari é mal-humorada, principalmente pela manhã. </p> <p style="text-align: justify;">(Não, não é só isso.)</p> <p style="text-align: justify;">Então deve ser porque ela também tá precisando dormir acompanhada.</p> <p style="text-align: justify;">(Ele veio dormir em casa ontem.)</p> <p style="text-align: justify;">Ah, vai ver ele não deu conta do recado.</p> <p style="text-align: justify;">(Super deu.)</p> <p style="text-align: justify;">A Mariana é assim geniosa, e exagerada. Implica com cada coisa pequena.</p> <p style="text-align: justify;">Meu querido. Coisa fofa da tia. Não é questão de gênio ou bom humor. Pra mim é mais profundo. Porque tá implícito nesse tipo de comentário valores tão retrógrados e preconceituosos que me revira o estômago. Sério. E me dá enjôo quando vejo que as pessoas continuam repetindo isso tudo, entendendo e não entendendo. Não é ficar procurando pêlo em ovo. A referência tá clara pra qualquer um ver. Não é preciso nem desenhar.</p> <p style="text-align: justify;">Porque teve um dia em que um colega fez um comentário sobre um professor - que nunca sorria e adorava torturar alunos. Ele disse que era porque o professor era sozinho. Aí a gente viu a aliança enorme na mão esquerda do cara. Foi quando o colega retrucou dizendo que então a mulher dele devia estar com dor de cabeça toda noite há meses. E eu achei que deu um tom diferente. Aquela história da camiseta 100% branco não ser equivalente à 100% negro. Porque quando a piada envolve sexo e o bem-estar do ser humano, beleza. Acho válido. A questão é quando enviesa pra gênero. E pressupõe papéis sociais distintos - e sua hierarquia. E eu enxergo muito esse quê de função social enviesada inerente aos comentários “espirituosos” sobre a enfermeira. Muito. Reverbera a disparidade de poder nas relações, e o estereótipo bizarro. Então não é uma pequena coisa cotidiana. <span style="font-style: italic;">“Porque é no trivial que a reificação acontece e que o imaginário permanece poderoso.”</span></p> <p style="text-align: justify;">Mas aí eles – os meninos engraçadões - chamaram duas meninas gracinha, e contaram as piadinhas pra elas. E elas acharam graça. Tá vendo, Mari. Elas gostaram. Pára de implicar. Que fundamentalismo o seu. É só uma brincadeirinha inocente. As meninas entenderam. Você não.</p> <p style="text-align: justify;">Mas é porque eu sou chata, implicante, e exagerada. Fico vendo complicação onde é simples. Significando toscamente o que é inocente. Querendo pagar de questionadora e militante de antigamente. Hoje em dia não tem mais um porquê. A gente não bate em mulher, não tem preconceitos, defende direitos iguais, então não vem com essa pra cima da gente que não cola.</p> <p style="text-align: justify;">E toda vez que despertam minhas implicâncias, eu volto pra casa meio murcha. Porque é uma bosta esse fardo de mal-comida. E eu fico repensando e repensando e tentando analisar se será que não tem algum ponto onde realmente exagerei e etc. e tal. E comentários bizarros lidos ao fim da noite sobre o tal do #lingerieday me fazem murchar ainda mais. E achar que 2009 ainda é começo. </p> <p style="text-align: justify;">Mas eis que o Reader atualiza, e a <a target="_blank" style="color: rgb(255, 0, 0);" href="http://beauvoriana2.zip.net/arch2009-07-01_2009-07-31.html#2009_07-23_20_14_28-127299368-0">Mary</a> – como quase sempre – matou a pau. Motivações, sabe. Faz ganhar o dia. Precisamos de mais chatas-loucas de almoços de família. </p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:georgia;"></span><o:p></o:p></span></p><span style="font-size:85%;">
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SmkojVqz6OI/AAAAAAAAALs/KjWWSNNYx-E/s1600-h/lingerieday.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 336px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SmkojVqz6OI/AAAAAAAAALs/KjWWSNNYx-E/s400/lingerieday.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361861418938525922" border="0" /></a></span>
<br />Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-1517817788766540302009-06-27T00:36:00.002-03:002009-06-27T00:49:39.388-03:00The importance of being Idol ...<div style="text-align: justify;">Porque milhares de pessoas se reuniram em avenidas pra cantar as músicas dele - em meio a flores, velas, e mensagens emocionadas. Porque não se fala em outra coisa.<br /><br />Porque tem gente que precisa de muito menos do que acusações de abuso infantil e envolvimento com substâncias controversas, comportamento recluso e patológico, ou uma insatisfação tão gritante com a própria imagem - quiçá passado/origem - que acabou por terminar numa espécie de auto-mutilação. Tem gente que precisa de muito menos do que isso pra levantar a ira e o repúdio mundiais, e no entanto hoje o mundo inteiro tá com aquela cara de parece-que-morreu-algum-parente-meu.<br /><br />Porque eu fico olhando pra vida dessas pessoas – os gênios – e sempre tive vontade de perguntar pra eles se eles acham que vale a pena, serem gênios. Porque olhando assim de longe, eu fico com a sensação de que deve ser muito difícil, sabe. A impressão que dá é que eles não pertencem, não se encontram, não são felizes. Que não foram feitos pro nosso mundo, não entendem a nossa sociedade.<br />Acabam levando a vida solitários, tentando lidar da forma menos insana possível com o absurdo de tanto exagero ao redor. Sucesso, dinheiro, poder, idolatria, oportunismo, vício. Numa busca incessante por alguma forma de plenitude e sossego que nunca alcançam.<br /><br />E a gente também não ajuda. Eles vêm, nos tocam e nos influenciam de tal maneira, e retribuímos perdendo o bom senso e muitas vezes o respeito. Não os deixamos respirarem, entramos numa perseguição doentia alimentada pela curiosidade sórdida, pela sede de qualquer tipo de notícia que nos aproxime ainda mais deles. Porque fazer parte tão importante do nosso dia-a-dia através da arte aparentemente não é o suficiente. E assim acabamos nós também contribuindo pra perpetuar o pior.<br /><br />E é por tudo isso que eu sempre quis saber a resposta deles.<br />Porque agora eu olho pra todas as manifestações de carinho e gratidão. Olho pra história da cultura pop e da música, das quais ele indubitavelmente é ícone. Vejo o quanto ele marcou toda uma geração. E acho que vale a pena.<br />Mas aí eu vejo o sorriso daquele menininho negro com um talento tão imenso que já não cabia nele. E comparo com o rosto branquérrimo e deformado dos últimos anos, emanando fragilidade e um peso que também parecia que já não cabia mais nele. Aí eu assisto às pessoas desoladas prestando homenagens tão bonitas em cada canto do globo, enquanto muitas manchetes giram em torno do tal exame toxicológico e das polêmicas da custódia das crianças e das dívidas.<br />E então eu me pergunto se vale a pena. Se é um preço que compensa ser pago.<br /><br />No fundo, assim numa esperança egoísta, eu gosto de pensar que ele me responderia que sim.<br />"Sim, Mariana. Apesar de não ter tido infância, de ter sido explorado e traumatizado pela minha própria família, de ter vivido com uma angústia constante, de ter enlouquecido no meio de tanta grandeza. Apesar de mesmo agora que morri, pessoas estarem mais preocupadas em saber detalhes mórbidos da minha autópsia e em discutir aspectos médicos da minha morte do que em comentar sobre o meu legado e sobre meus projetos sociais. Apesar de tudo isso, vale a pena nascer gênio. Eu gostei de ter passado por aqui, gostei de ter sacudido um pouco as coisas e ter feito história. E pelo menos por alguns momentos, cheguei a ser feliz."<br /><br /><span style="font-style: italic;">Farewell</span>, Michael. 'Brigada. O que seria da gente, sociedade, sem vocês gênios pra continuarem nos encantando/influenciando/mudando/chocando sempre? Uma pena que o preço costuma ser tão estratosférico quanto o talento de vocês. E infelizmente, ninguém - nós, a família, os amigos, ou vocês próprios - faz a <span style="font-style: italic;">mea culpa</span>. Muito menos reflete e aprende com os excessos cometidos.<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SkWN5LhjQkI/AAAAAAAAAK8/sj7wXPIrcG0/s1600-h/Michael_Jackson.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 375px; height: 375px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SkWN5LhjQkI/AAAAAAAAAK8/sj7wXPIrcG0/s400/Michael_Jackson.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5351839745685275202" border="0" /></a><span style="font-style: italic;">Rest in peace, babe. You deserve it.</span><br /></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-45554501197811563582009-06-25T00:36:00.004-03:002009-06-25T01:24:34.832-03:00Girl talk ...<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 10"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 10"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CMariana_%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman";} </style> <![endif]--> <p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Daí que hoje em dia elas se vestem um pouco diferente de meados dos noventa, de como quando era com ela. Os hábitos e a linguagem também mudaram um tanto.
<br /></span></p><div style="font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Mas muito permanece. O objetivo de aparentar anos a mais. Aquela coisa do parecer despojada.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Hoje tem mais maquiagem, os óculos-intelectuais-de-aro-grosso, o All Star xadrez, o jeans justo com as camisetas.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Mas continua o querer emanar subversão, o querer destoar, a ânsia do ser diferente.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Tentando disfarçar as inúmeras trocas de roupa em frente ao espelho até chegar na escolhida. E o desejo urgentíssimo de pertencer, de experimentar, de se expressar e ser notada.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p>
<br /></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">E elas estavam lá. Num grupo enorme. Posando pra fotos em todo e qualquer cenário minimamente diferente do shopping. A tecnologia agora tá aí, em todos os lugares, nas mãos de todo mundo. Na época dela não tiravam tantas fotos, só em ocasiões especiais. Agora as câmeras estão acopladas a tudo, documentando passeios com caras-e-bocas e gargalhadas desprendidas, daquelas que só adolescentes conseguem ter. Quem disse que não era uma ocasião especial? Era sim. Nessa idade sempre é.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p>
<br /></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Pelo jeito, o orkut hoje vai bombar de atualizações de fotos – disse pra ele, depois de cruzarem pela terceira ou quarta vez com as meninas pelos corredores. Chamou sua atenção uma específica. Loirinha, camiseta do Nirvana, olhar de alguém que parecia entender muito mais do que dezessete anos de vida. Fitaram-se por alguns instantes, e então cada uma continuou seguindo seu caminho.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p>
<br /></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Mais tarde, um quinto encontro inesperado. Reconheceu o Kurt Cobain refletido através do espelho. Soluçando, lágrimas pretas, tentando inutilmente enxugar o rosto que parecia nunca secar.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p>
<br /></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Queria pular logo pra parte em que a gente encontra o cara certo pra passear de mão dada. E pára de discutir e chorar em banheiros públicos.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Se quiseres, a gente troca. Aí tu é quem fica com o posto de pior ser do universo. Porque tem o gracinha pra andar de mão dada, enquanto silenciosamente sente é falta de quando te fazem sentir o suficiente pra poder discutir com eles. E sonhar o suficiente pra poder chorar por eles.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p>
<br /></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Parou por um instante, assoou o nariz, e disse bem séria.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- A gente, mulher, nunca vai ficar satisfeita, né?<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- A gente, humano, acho que não.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Mais um silêncio, ambas com faces pensativas, longe dali, como se processando aquilo tudo.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Mas sabe, moça, não quero chegar na parte em que a gente pára de acreditar que é possível.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Eu também não, menina. Eu também não.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: georgia;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family: georgia;">E então elas sorriram – daquele jeito desprendido e delicado que só sonhadoras conseguem fazer, e voltaram pra flashes e braços seguros.</span><o:p></o:p></span></p> <span style=";font-family:georgia;font-size:85%;" >
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SkLuw36TUuI/AAAAAAAAAKk/Si-g20ZhPE4/s1600-h/amor.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 292px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SkLuw36TUuI/AAAAAAAAAKk/Si-g20ZhPE4/s400/amor.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5351101830679188194" border="0" /></a>
<br /></span><div style="text-align: center;"><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 10"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 10"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman";} </style> <![endif]--><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">"Il y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente."</span></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p>
<br /></span></div>
<br />Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-41767428652592911012009-06-16T23:43:00.009-03:002009-06-17T00:01:46.259-03:00A Sunday smile ...<div style="text-align: justify;">- Vortô pra ficá, né?<br />- Não, achu qui minha sina é sempri caminhá.<br />- Tu carece é di criá raiz, minina.<br />- Num fala assim. Eu sintu qui andei, andei, andei, e num cheguei a lurgá ninhum. Sintu qui um tantu di coisa eu perdi e um tantu di coisa eu num cunsigui achá. Vivê é assim mermo? Essa coisa doida qui muda sempri? A separação di quem a gente qué? Andança sem pará? Pareci tudu sonhu. Vivê é isso? E o amô, quandu é di verdadi? E filicidade, quandu é di verdadi?<br />- Ói, a filicidade é o contrai do amô, né? A filicidade...<br />- I na vida, o qui vem dipois da morte?<br />- Num sei. A gente só sabi preguntá, num sabi rispondê não.<br />- Achu qui meu distino é sempre fazê u caminhu di vorta. Adeus!<br />- Mas será pussivi, minina, qui nossa sina seja sempri si dispidi?<br />- É não! Nossa sina é sempri si incontrá.<br /><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-size:85%;" ><br /><span style="font-weight: bold;">(Hoje é dia de Maria(na).)</span></span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SjhYlx8jcPI/AAAAAAAAAKc/8d7PquMK4ZY/s1600-h/hoje-dia-de-maria-2--large-msg-1129733845-2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SjhYlx8jcPI/AAAAAAAAAKc/8d7PquMK4ZY/s400/hoje-dia-de-maria-2--large-msg-1129733845-2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348121963588186354" border="0" /></a><span style="font-style: italic;">"Teve certeza - ou claras suspeitas - que talvez não houvesse lesões, no sentido de perder. Mas acúmulos, no sentido de somar. Sim, sim. Transmutações, e não perdas irreparáveis. Substituições oportunas, como se fossem mágicas.</span><br /><span style="font-style: italic;">Sofre horrores, mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz."</span><br /></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-89269979478225911032009-06-11T14:08:00.012-03:002009-06-11T21:59:12.228-03:00Cansei eu!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://movebr.wdfiles.com/local--files/ocupa-2007:decretos-serra/serra-fuzil.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 276px;" src="http://movebr.wdfiles.com/local--files/ocupa-2007:decretos-serra/serra-fuzil.jpg" alt="" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 10"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 10"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CMariana_%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} a:link, span.MsoHyperlink {color:blue; text-decoration:underline; text-underline:single;} a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed {color:purple; text-decoration:underline; text-underline:single;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman";} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style=";font-family:Arial;font-size:9;" ></span></i></p><blockquote style="font-family:georgia;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>"Não é uma sugestão. Porque eu sei que excesso de diálogo assusta as pessoas. Mas eu estudei na Universidade Federal de São Carlos. Para alguns, não existe outra que seja tão vanguarda. Para mim, certamente não há.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>Pois havia um Restaurante Universitário por lá. E a refeição era grátis. E um dia quiseram cobrar. E o DCE ficou puto. E todo o movimento estudantil ficou puto. E o Susto ficou mais puto que todo mundo. Porque ele era *o* revolucionário. Eu vivia dando pro Susto. Por que, né? Eu sabia que nunca mais comeria um comunista de fato, quando saísse da UFSCar.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>E então foi todo mundo pro Restaurante, seguindo o Susto. Puto. Chegando lá, havia uma caixa registradora no corredor que dava pra entrada do Restaurante. Quando o pessoal foi se aproximando, eles fecharam a porta de vidro do Restaurante. E ficou todo mundo no corredor. O Susto não teve dúvidas. Pegou a caixa registradora, símbolo da nossa opressão, e tacou na porta de vidro. Que espatifou. E o Restaurante era nosso de novo etc. <u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>Ok. Depredou o patrimônio público. E a Reitoria abriu um processo para jubilá-lo. Ele e outros vândalos. A comunidade universitária se dividiu. Se mobilizou. Se apaixonou. Etc. Mezzo mozzarela. Mezzo calabresa. Como quase sempre.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>E então chegou o dia. E o reitor tomou uma decisão e tanto. Ele fez uma audiência aberta. Com pinta de assembléia. No anfiteatro da reitoria. E ele falou coisas tão legais nesse dia, o reitor. Que fizeram com que eu visse que o Susto não passava de um tonto.</i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>O reitor falou sobre liberdade. E sobre como ela começa e termina. E o mesmo sobre direitos. E falou sobre aspectos técnicos da decisão de cobrar. Mas concentrou-se mesmo na expulsão do Susto. Ele falou sobre por que expulsar. E principalmente por que não expulsar. E eu nunca vou conseguir repetir o que foi dito. Porque eu era uma menina e foi me causando um forte impacto.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>E o reitor ali. Refletindo em cima do que fazer diante de uma porta espatifada. E o Susto ali. Com cara de tonto. E aí deu-se o mágico. O reitor disse que era hora da decisão. E pediu pra todos no anfiteatro. Vamos votar. Quem quer que o Susto saia. Quem quer que o Susto fique.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>E todo mundo votou pedindo pro Susto ficar. E quando todos os braços estavam levantados. O reitor levantou o dele também. E assim teve gente que descobriu que ser contra espatifar portas, significava votar pela permanência do Susto. O tonto. Que saiu de lá se gabando. Que é mesmo a única coisa que ele sabia fazer.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>Eu descobri um monte de coisas esse dia. Um monte. Coisas importantes sobre o sentido da vida e blá. Mas descobri, também,<b> o que é uma comunidade universitária. E o quanto ela é importante. E como ela permite. Outros mecanismos e outras coisas</b>. Enfim. Foi inesquecível.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>O meu reitor se chama Newton Lima Neto. Eu já contei isso mil vezes aqui. Depois ele se tornou prefeito de São Carlos. É considerado o melhor prefeito da história da cidade. Fez o sucessor e é da linha pragmática do partido dos trabalhadores. Tem cartaz com o Lula e é sempre muito cotado pra ser candidato a governador.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>O DCE tinha um caixão e quando o Newtão pisava na bola, havia um enterro simbólico dele. O cortejo andava pelo campus e o Susto, mesmo depois do episódio, sempre ia na frente, segurando a alça.<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><i>O Newton fez tanta coisa em São Carlos. Mas toda vez que me perguntam porque eu gosto dele, eu digo. <b>Porque ele fez uma assembléia pra decidir o destino do Susto.</b>"</i></span></p></blockquote><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><i><span style="font-family:Arial;">
<br /><a href="http://beauvoriana2.zip.net/arch2009-06-01_2009-06-30.html#2009_06-10_01_50_00-127299368-0"><u1:p></u1:p></a><span style=";font-family:georgia;font-size:85%;" ><a href="http://beauvoriana2.zip.net/arch2009-06-01_2009-06-30.html#2009_06-10_01_50_00-127299368-0" style="color: rgb(255, 0, 0);">Mary W.</a>, uma de minhas feministas favoritas</span></span></i><span style=";font-family:georgia;font-size:85%;" ><i>.</i></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">_______________________________</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p class="MsoNormal" face="georgia" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 10"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 10"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CMariana_%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman";} </style> <![endif]--> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">E não é só o fato d'eu não ter uma universidade como a dela. Nem um reitor como esse. Não é a incapacidade de um mínimo de diálogo no lugar onde ele deveria ser pilar de relações e decisões.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">O que continua engasgado aqui dentro é a quantidade de pessoas se manifestando a favor do que foi feito. Porque aí passa da questão do olhar-somente-pro-próprio-umbigo, é mais profundo. É justificar o injustificável.<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;"><o:p>
<br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">Porque não há nada que você possa vir a me dizer que venha a me convencer que tal forma de violência deveria ter existido. Foi além da agressão física, muito além. <u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">Você pode não concordar com as pautas dos grevistas, as táticas utilizadas, os dois-ou-três que jogaram tijolos, os três-ou-quatro que "provocaram", quem parou-o-trânsito-e-te-fez-chegar-atrasado-no-trabalho, os rumos do movimento estudantil, e a representatividade das assembléias.<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">Chame de baderneiros, comunóides folgados, gente que não quer estudar e não dá valor à vaga que tem, massa de manobra de partidos esquerdistas radicais, depredadores de patrimônio público, contraventores da constituição, ou qualquer outro jargão do gênero.<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">Apesar d’eu discordar diametralmente, é um direito teu pensar assim. Direito, percebe?! De se expressar, de reivindicar, de chamar atenção pro que tu acha importante, de exigir que haja a possibilidade de debate, ou de simplesmente ficar revoltadinho porque os gritos de “alguéns” pelo que acham importante atrapalharam teu dia-a-dia e tua aulinha no ICB.<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">Mas apoiar tal ato ditadorial? Achar que vale tudo para preservar a “ordem”? Que é válido utilizar sprays de pimenta e bombas de efeito moral como instrumentos políticos? <u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">É cuspir em cima de toda forma de liberdade que existe - ou que deveria existir. Não é "apenas" um crime, não é só porque faz todos aqueles que um dia já lutaram e/ou morreram pelo direito de se manifestar se revirarem nos caixões - ou cemitérios clandestinos.<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">É você, ser humano (?), achar que tudo bem um outro ser humano APANHAR e ser PERSEGUIDO porque ele defende algo com o qual você não concorda e de alguma forma fez com que você se sentisse prejudicado. APANHAR e ser PERSEGUIDO. Daí pra ser assassinado/torturado porque discorda é um passo. Pequeno, eu diria.<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">Que mundo é esse, gente? Que tipo de pessoas são essas?<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-size:85%;">Se fossem apenas meus coleguinhas de faculdade, eu estaria mais tranqüila, não surpreende tanto mais - apesar de continuar despertando revolta. Mas aparentemente, e infelizmente, são milhares muitos outros espalhados por aí.
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0); font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: georgia;font-family:georgia;font-size:85%;" >Vergonhoso. Intolerável. Não os deixemos fazer mais barulho do que a gente. Nunca.</span><u1:p></u1:p></span><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p> <span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span><p></p> Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-82261671476707638012009-06-01T22:38:00.000-03:002009-06-01T22:38:00.292-03:00Cher Antoine ...<div style="text-align: justify;">Foi aquele mesmo vôo. Mesmo horário, mesma companhia, mesma aeronave. E só de olhar a cara de desalento dos familiares, já dá um aperto absurdo no peito ao pensar que, fosse um ano anterior, poderia ter sido você.<br />Desaparecer assim do nada. De radares, da vida. De uma maneira tão abrupta que mal dá pra começar a organizar pensamentos, quanto menos extravasar sofrimento.<br /><br />Pais chorando por filhos, maridos por esposas, e eu? Se me perguntassem por quem é que eu estou neste estado lastimável, o que eu diria?<br />Sim, porque só de hipoteticamente imaginar por alguns segundos como eu estaria, já é algo muito além do deplorável. Mas diria o quê?<br /><br />Não é ex-namorado, não é só um alguém querido, uma pessoa especial não diz tudo.<br />É o responsável por uma enorme revolução, de sentimentos, conceitos e vivências, nos últimos dois anos da minha vida. É por causa dele que, se eu morresse hoje e me indagassem o que eu sei sobre gostar e dividir com alguém, eu responderia que talvez não muito, mas o suficiente pra achar que minha estadia por aqui, embora breve, já valeu e muito a pena.<br /><br />Foi lindo, babe. E eu só posso ser grata. E achar que esses nossos silêncios e joguinhos de ultimamente são algo tão estúpido e sem propósito, que não combinam nenhum pouco com a gente.<br /><br />Conheceste outro alguém? Eu também. Vais ficar aí por tempo indeterminado? Também não sei se algum dia saio mesmo daqui. Tem horas em que lembrar acaba sendo mais ruim do que bom? Tenho certeza que vai chegar agora o dia doze e eu vou chorar como há muito não chorava.<br /><br />Mas veja, foda-se. Não justifica. Porque você não desapareceu no Atlântico.<br />Porque a gente se conheceu, viveu uma história surreal, serelepeou pelo Sena, e você não sumiu do radar. Muito menos de todas as recordações tão bonitas que eu guardo aqui dentro.<br /><br />É o meu menino franco-nordestino. Que vai ter um futuro europeu, uma família européia, um sotaque ridículo, e vai continuar dividindo como vê o mundo aqui comigo.<br />Seus pequenos esnobes de olhos verdes vão perguntar como é que conheceste a tia Mariana, e os meus respondões sarcásticos vão ouvir as estórias do amigo mais do que querido além-mar da mamãe.<br /><br />Sempre teremos Paris, babe. Sempre teremos carinho. Sempre teremos notícias, ouviste?<br />As raízes estarão sempre aqui, elas só mudaram o ponto central de suporte.<br />Amo-te.<br />Trégua?!<br /></div><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SiR03-Xgx4I/AAAAAAAAAKU/fPx6FjEj_zQ/s1600-h/FRA-Paris.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 287px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SiR03-Xgx4I/AAAAAAAAAKU/fPx6FjEj_zQ/s400/FRA-Paris.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5342523562951493506" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center; font-style: italic;">"Os outros eu conheci por ocioso acaso.<br />A ti vim encontrar porque era preciso."<br /></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-36100875616788985442009-05-31T00:29:00.003-03:002009-05-31T12:18:55.328-03:00How to disappear completely ...<div style="text-align: justify;">Um mundo repleto de lua, samba, cerveja e fumaça. Onde conhecidos ou nunca antes vistos conversam animadamente e filosoficamente sobre qualquer assunto que surja. Meninas dão beijos cinematográficos e meninos ficam de mãos dadas sem o menor pudor. Estilos todos se misturam sem qualquer tipo de preconceito. Fotografia, jornalismo, moda, sociologia e música ali na mesma roda.<br /><br />E eles me contam de exposições, teatro, filmes. Falam de viagens, cultura, de seus novos projetos. Me indicam livros e canções. E depois de tudo, ainda me deixam na porta de casa.<br />O sol já nascendo mais uma vez, meu dia prestes a começar daqui a algumas míseras horas, e o cansaço gigante não consegue ser maior do que o sorriso.<br /><br />Que bom que eles existem, meu deus. Que bom que não dão a mínima pra estereótipos. E me recebem sempre com uma cadeira cativa, um isqueiro funcionante, e um copo trincando.<br />Se soubessem o quanto me faz bem frequentar esse mundo. O quanto me faz bem saber que tenho meu cantinho de fuga. Porque enquanto lá, eu desabafo, me reivento, me renovo, e esqueço.<br /><br />Do sangue, do choro, das notícias de incurabilidade. Das pessoas falecendo, a centímetros de distância, bem ali na minha frente. Dos ideais retrógrados e corporativistas. Do tsunami de sentimentos confusos e proibidos dos últimos tempos.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Pensar en cosas, hace que las cosas vengan.</span><br />E tudo o que eu quero nesses momentos de folga é umas horinhas longe delas todas. É ficar quieta e imune no meu espaço; no meu mundo de lua, samba, cerveja e fumaça.<br />E sair de lá com aquela sensação de que amanhã de manhã, quando a gente acordar e vestir novamente o avental branco, a felicidade vai desabar sobre os homens. Vai, desabar sobre os homens. Vai, desabar sobre os homens.<br /><br /><br /></div><br /><object width="260" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/qDkI7irMO9s&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/qDkI7irMO9s&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-55814735695005384402009-05-17T18:51:00.003-03:002009-05-17T19:34:52.415-03:00Exit text (for a routine) ...<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">É a notícia de que lhe restam meses de vida. A tentativa de suicídio que te desfigura totalmente. O acidente nas férias que deixa sequelas para sempre.<br /><br />É você o motorista embriagado na colisão que matou teu melhor amigo. Ela achando que viver não vale mais a pena bem ali no meio da sala, e ninguém nota. Duas das pessoinhas mais queridas destruindo uma amizade de anos, e não há nada que possa ser feito para impedir.<br /><br />É a angústia acumulada de meses. Pilhas e pilhas acumulando. De vontades, dúvidas, cansaço, lágrimas e pensamentos. Em dias cada vez mais longos.<br />Não adianta dizer que vai ficar tudo bem. Porque agora não resolve. Por mais que seja verdade, isso agora não conforta.<br />A sensação de impotência faz tudo parecer maior e mais devastador. O metro e meio nunca foi tão pouco, a cama nunca foi tão grande.<br /><br />Às vezes tudo o que a gente quer é uma xícara bem quente de capuccino com nicotina ao fim do dia. Junto a um alguém que sussurre uma canção bonita e fique por perto até conseguirmos dormir.<br />Mesmo que seja fantasia, mesmo que seja em sonho. Porque nele eu te sequestro e a gente escapa.<br /><br />Respira fundo, devagar, deixando a fumaça escapar aos poucos.<br />Sem desistir, babe. Eu não conseguiria sozinha.<br />Continua com a canção que aquece. Mais um gole. Agora sente o aroma e fecha os olhos.<br />Um só, vê? Somos um só. Finalmente em paz.<br />Quanto ao resto? Tomara que sufoquem.<br /><br />Ah sim, eu sei, linda a casa mesmo. Linda vista, belo jardim. Mas confesso que ando sentindo falta dos pássaros. Já faz um tempo que não escuto os cantos. Só espero que não tenham migrado para longe, fugindo desse inverno que aparentemente chegou com força total. Continuo os esperando na janela.<br /><br />Precisa mesmo acordar? Nada de despertador, vai. Só por hoje.<br /><span style="font-style: italic;">A quiet life with no alarms and no surprises, please. </span><br /><span style="font-style: italic;">Silence...</span><br /><br /></div></div><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hbtuVoXkOFg&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/hbtuVoXkOFg&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><div style="text-align: left;">"Mas se era um sonho, repetiu, num sonho pode. Num sonho pode tudo."</div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-46603880954901572492009-04-29T20:45:00.001-03:002009-04-29T20:45:00.230-03:002 + 2 = 5 ...<div align="justify">E é tal qual um blind-date o que acontece diariamente ali em meio àquelas paredes. Eu chamo, nós dois nos olhamos, e a partir daí nunca dá pra saber o que de fato vai ocorrer. Não adianta ficar planejando metodicamente ou decorando muitos scripts.<br /><br /></div><div align="justify">Tem vezes em que a empatia é instantânea, quase que mágica. O papo flui sem que você precise fazer o menor esforço. E quando me dou conta, já estão a se despir sem o menor constrangimento - como se nos conhecêssemos há séculos.<br /><br /></div><div align="justify">Tem aqueles que logo na apresentação já dão bom-dia esboçando um sorriso acolhedor, o que acaba alegrando mesmo a segunda-feira mais ingrata. Os sérios e os visivelmente nervosos a gente tenta quebrar com alguma piadinha espirituosa. A piadinha também costuma funcionar com os que não conseguem disfarçar a expressão desconfiada de essa-pirralha-recém-saída-do-colegial-não-deve-saber-nada-de-medicina.<br /><br /></div><div align="justify">Com os adolescentes, a gente fala sobre música e sexo seguro, e eles ficam me olhando com uma cara espantada quando começo a perguntar o que pensam pro futuro. Porque nessa idade eles têm sonhos lindos, utópicos-e-megalomaníacos, e além de eu adorar escutá-los, nunca é demais ouvirem que podem sim alcançá-los. Mesmo nascendo e vivendo em condições nada ideais - muito menos justas.<br /><br /></div><div align="justify">Com as vovozinhas, a gente presta atenção nas estórias de vida e elas retribuem com um abraço afetuoso. Vale também mandá-las puxar minha orelha se eu começar a falar muito rápido e atropelando palavras, como é o costume.<br /><br /></div><div align="justify">Os monossilábicos, os mal-educados, os que te cantam, e os que mal olham na tua cara são um desafio imenso à paciência e ao humor. É quando a gente respira fundo - várias vezes - e tenta dar o fundamental de cuidado de que eles precisam. Ao mesmo tempo em que fica xingando mentalmente e querendo que eles saiam de lá o mais rápido possível.<br /><br /></div><div align="justify">E é claro que é sempre muito gratificante quando ouço um "muito obrigado" sincero, um "doutora, você é muito atenciosa", ou "queria que fosse você quem me atendesse nas próximas consultas". Mas o que faz valer a pena mesmo, o que me faz ganhar o dia, é quando percebo que talvez algo do que eu tenha dito além medicina vá fazer pelo menos um pouco de diferença na vida daquela pessoa, que vai ressoar de alguma forma – já que sempre ressoa na minha.<br /><br /></div><div align="justify">Porque não é só examinar, prescrever remedinho, e trabalhar pelo serviço público. Não é só se indignar com os canalhas aos montes, entristecer-se com as desigualdades, e achar que isso te isenta de qualquer culpa. A solução não é ficar com pena, votar, e ir dormir com a consciência tranqüila.<br /><br /></div><div align="justify">Tem tanto que eles - a senhorinha, o jovem, a mulher do sorriso acolhedor, e o monossilábico - podem fazer por eles mesmos; pequenas mudanças no dia-a-dia, na própria comunidade. Às vezes falta só alguém prescrever lentes e acender luzes pra que eles próprios possam enxergar que há sim um caminho diferente, de melhores condições e oportunidades; que há sim alternativas. E para ter esse carimbo, tal receita, e o isqueiro em mãos não é preciso ter CRM, basta ter RG.<br /><br /></div><div align="justify">Não é caridade, sabe. É simplesmente fazer a parte que te cabe sempre que algo incomoda. Abster-se também é posicionamento. É contribuir para deixar como está. É de certa forma concordar. Ou pelo menos, não discordar o suficiente.<br /><br /></div><div align="justify">E óbvio que não é fácil, mas talvez seja menos impossível do que a gente tende a imaginar. Pra um dia vir a dar certo, só é preciso que alguém comece. Só é preciso que eles também se vejam como algo mais; como questionadores, fiscalizadores, e - principalmente - potenciais transformadores disso tudo. Tanto quanto eu. Mais do que eu. </div><div align="justify">A voz deles pode ser mais forte do que tudo o que tá aí. Merece ser mais forte do que tudo o que tá aí. Porque na verdade, não são eles e eu. Somos nós. Ou pelo menos é como deveria ser.</div><p><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/d5QWcGh9aPo&hl=" width="425" height="344" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" fs="1"></embed></p><p align="center"><em>"Cutucou por baixo, os de cima caem."</em></p>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-12382737766159781342009-04-25T02:37:00.009-03:002009-04-25T03:14:26.387-03:00Retórica ...<div align="justify"><em>Don't get any big ideas, they're not gonna happen.</em></div><div align="justify">Você já passou por isso antes. Repetidamente.</div><div align="justify">Espera demais. Idealiza demais. Sempre quer mais. Nunca vai ser o suficiente, percebe?<br />E uma hora esgota. Foi assim das outras vezes. Ter que lidar novamente com tudo o que fica. Sempre muito. Contigo é sempre muito. Ou nada.<br /><br /></div><div align="justify">Que tal mais uma chance ao caminho do meio? Aquele seguro, tranqüilo, equilibrado. </div><div align="justify">Ouvir mais a vozinha da auto-preservação e precaução.<br />Ir sondando assim aos poucos, silenciosamente. Com os olhos pelo vão da porta. Observando, escutando, tendo certeza. Para daí sim entrar.<br /><br />Está tudo tão calmo. Sente a brisa. Suave, vê?</div><div align="justify">Tudo em seu lugar. Naquele espacinho reservado nas estantes. Alfabeticamente ordenado.</div><div align="justify">Indubitavelmente bons tempos os de agora. Por que não simplesmente senta e aproveita a vista? Por que assoprar o pó se sabe que é alérgica?<br /><br /></div><div align="justify">Não, não me interessa se quando vem é mais forte do que tudo. Se te faz esquecer todo o racional e sensato e correto.</div><div align="justify">Você não é apenas reflexos do que te toca. Já está mais do que na hora de começar a escolher o que reprimir e o que permitir.</div><div align="justify">Esperam isso de ti. Esperas isso de ti. Fala, pensa, escreve. No momento de praticar, cadê?<br /><br /></div><div align="justify">Invariavelmente vai haver sofrimento no percurso. Cortes antigos. Teus. De outrem. Uns mais que outros. Sabes disso. Talvez melhor do que a maioria.<br />Nem comece com a história das palpitações que impulsionam. Da vontade de conversas intermináveis sobre o nada. De mostrar e dividir cada pequena coisa que vê.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Pode parar com a bobagem dos sorrisos. Muitos sorrisos. Não quero saber se são tolos. Solitários. Só de imaginar possibilidades. Sem a menor obrigação de acontecer.</div><div align="justify">Não faz diferença se fazem com que não se lembre mais do que já deu errado, do que vai dar errado, da provável unilateralidade de tudo. De como estava guardado e num instante renasce.<br /><br /></div><div align="justify">Volta aqui. Nem pense em chegar escancarando a porta. Pulando a catraca e sentando. Sem sequer perguntar o preço da passagem.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Idéias grandes demais, menina. Grandes demais. Não vão acontecer.<br /><br /></div><div align="justify">Vem. Deita aqui. Sossega.<br /><br /></div><div align="justify">Grandes demais. Shhh. Vai passar. Shhh. Passarinho. Shhh ...</div><br /><div align="center"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SfKiLDJRB2I/AAAAAAAAAI8/hj3lrHjziFI/s1600-h/sonhos.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328499619839149922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 227px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SfKiLDJRB2I/AAAAAAAAAI8/hj3lrHjziFI/s320/sonhos.jpg" border="0" /></a> <em>"Viver é um rasgar-se e remendar-se."</em></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-83667241797120994492009-04-08T19:53:00.000-03:002009-04-08T19:53:00.611-03:00Uma delicada forma de calor ...<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/Sdk7f302IBI/AAAAAAAAAIs/oWrCf-xdpug/s1600-h/manguezal.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321349853462536210" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/Sdk7f302IBI/AAAAAAAAAIs/oWrCf-xdpug/s320/manguezal.jpg" border="0" /></a>A garotinha de 15 anos e lápis-preto-no-olho - viciada em ICQ, Alanis e Red Hot - sempre imaginou e esperou por tudo isso ansiosa.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">A casa "própria", a faculdade dos sonhos. Cerveja, cigarro, amigos, amores, sexo. A vida que finalmente aconteceria para além da internet, dos filmes, dos livros, dos sonhos.<br /><br /></div><div align="justify">A mulherzinha de 23 anos e lápis-preto-no-olho valoriza sim - e muito - estar aqui, mas anda sentindo saudades.</div><div align="justify">Das tardes à toa, dos filmes e livros, das músicas, das pessoas. Ah, as pessoas ...</div><div align="justify"><br />Queria estar mais perto. Queria poder participar mais. Ouvir dos acontecimentos da terça-feira na própria terça-feira. Ouvir as vozes, mesmo que sejam de F2 em F2. E enxergar todos eles, mesmo que sejam os saudosos borrões daqui da ponte aérea, nordestinos, europeus.<br /><br />O pensamento, todavia, continua sempre junto. Ao passar por algum lugar que desperta lembranças, ao ouvir alguma canção que remete. Ao brindar, ao tragar, ao reconhecer sotaques e palavras fofas pelas ruas da zona que não é a norte, não é a minha.<br /><br />Por isso os e-mails, os torpedos e scraps, as ligações no final do dia. Porque há sim toda uma nova atmosfera. De atendimentos, procedimentos, cirurgias. Muitas aulas e pouco sono. Há sim novas pessoas.</div><div align="justify">Mas é aquela coisa toda das raízes. Firmes, fortes, porto-seguro. E eles são as minhas. De onde eu vim. E para onde eu vou sempre que a neblina predomina.<br /><br />Dificuldade em se desapegar? Sempre tive. Mas não dá para negar que ainda assim continuo andando para frente. Numa velocidade das maiores dos últimos tempos - ora empurrada, ora com pleno controle dos pedais.<br /><br />E eu nunca fui dessas de não olhar para trás. Porque te lembra do propósito de tudo, do quanto custou chegar, do quanto foi bonito, e do que te moldou assim. Lembra do que um dia pertenceu e agora só permanece na memória, e do que ainda faz parte.<br /></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Eles ainda fazem parte. Talvez não da mesma forma e com a mesma frequência. Mas continuam cativos naquele espacinho querido de sempre. Mesmo que agora eu demore dias para dar sinal de vida, deseje parabéns com atraso, esqueça dos horários combinados, e durma em cima das mesas de bares.<br /><br />É um amor assim meio malandro, mas verdadeiro. A gente sabe, a gente sente.<br />É só não largar as mãos, eu sou o que eles são. E no fim, é tudo o que realmente importa, não?!</div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-31693313012354194802009-04-03T22:02:00.007-03:002009-04-03T23:27:20.143-03:00Just as they play your favourite songs …<div align="justify">Quando dividem momentos intensos, sejam eles bons ou os ruins, pessoas acabam criando e estreitando laços. E é quase que instantâneo. Não importa se são recém-conhecidos ou semi-desconhecidos, se serão laços duradouros ou fugazes, se a conexão é verbal ou silenciosa.<br />Como que ao identificarmos que há mais alguém ali, sentindo aquela mesma sensação extrema que a gente, enxergamos no outro um pouco de nós mesmos. E pelo menos por alguns instantes, aqueles instantes, temos a impressão que somos todos parte de uma coisa só. Que estamos todos ali compartilhando tal momento ligados por algo maior e transcendental.<br /><br />E não havia lugar menos propício para se criar laços e transcender que a chácara mais isolada e com a pior infra-estrutura que alguém poderia projetar. Mas havia pessoas dispostas, milhares. E cinco meninos que nasceram com o dom de fazer notas musicais invadirem o corpo, ressoarem na alma, e transbordarem sob a forma de cantos, euforia, lágrimas e catarse.<br /><br />Era um misto de perplexidade e empolgação. Olhar para eles e para as luzes de inebriar, ouvir e cantar as músicas que embalaram tantos momentos, que já falaram tanto para mim e por mim como por cada um dos trinta e tantos mil companheiros ao redor.<br /><br />Companheiros debaixo de um céu que ora nos presenteava com chuva <strike><em>from a great high</em></strike> – como se já não estivesse óbvio o quanto havia de almas sendo lavadas por lá –, ora com estrelas num céu quase que limpo – porque tudo aquilo não tinha como ser São Paulo cinza, e sim <strike><em>our fake plastic earth</em></strike> nosso universo paralelo. Um perfeito universo paralelo.<br /><br />Repleto de olhares trocados entre uma música e outra junto a aplausos e assobios. De sorrisos embasbacados e lágrimas coloridas que teimavam por escorrer. De coros de fazer falhar a voz e sussurros como que em orações.<br />Porque eram sim orações. Emocionadas e inesquecíveis. Que reverberaram da Pirajussara à Europa.<br /><br />E eu acho que nunca ouvi tantos: “Agora eu posso morrer”. “Caramba, não estou acreditando!”. “Obrigado, mil vezes obrigado!”.<br />Porque ganhamos três bis e cento-e-cinqüenta-minutos de mantras. Ganhamos a melhor segunda voz pra canção que nos recusamos a deixar que terminasse. Ganhamos risos, aplausos e reverências daqueles que fomos prestigiar. Ganhamos o que talvez sejam algumas das melhores cenas dos nossos <em>videotapes</em> pessoais.<br /><br />Agora eu posso voltar pra rotina cansativa, pros plantões infindáveis, pros finais de semana que encolheram, pra série de dúvidas e desafios do dia-a-dia. Porque agora, nesses momentos, a gente re-escuta as canções <strike><em>to keep us warm</strike></em>, se transporta pra lá e levita novamente.<br /><em>No matter what happens now,</em> agora eu posso morrer. Obrigada, mil vezes obrigada.<br />(E ah, voltem logo, vai.)</div><br /><div align="center"><a href="http://ciid.dk/beta/wp-content/uploads/2008/09/radiohead.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 500px; CURSOR: hand; HEIGHT: 333px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://ciid.dk/beta/wp-content/uploads/2008/09/radiohead.jpg" border="0" /></a> <em>For some minutes there, I lost myself.</em></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-73115810386022912742009-03-01T15:06:00.005-03:002009-03-01T15:26:04.479-03:00Sobre ultimamente ...<div align="justify"><a href="http://www.infoescola.com/Modules/Articles/Images/impulso9.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 310px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.infoescola.com/Modules/Articles/Images/impulso9.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase imediatamente. </em><br /></div><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham. Às vezes, erro completamente.</em></div><div align="justify"><em>O que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. </em><em>Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los.</em></div><br /><div align="justify"><em>Há um perigo: se reflito demais, deixo de agir. E muitas vezes prova-se depois que eu deveria ter agido. </em><br /></div><div align="justify"><em>Estou num impasse. Quero melhorar e não sei como. Sob o impacto de um impulso, já fiz bem a algumas pessoas. E às vezes, ter sido impulsiva me machuca muito.</em></div><br /><div align="justify"><em>E mais: nem sempre meus impulsos são de boa origem. Vêm, por exemplo, da cólera. Essa cólera às vezes deveria ser desprezada; outras, como me disse uma amiga a meu respeito, são cólera sagrada.</em></div><div align="justify"><em>Às vezes minha bondade é fraqueza, às vezes ela é benéfica a alguém ou a mim mesma. Às vezes restringir o impulso me anula e me deprime; às vezes restringi-lo dá-me uma sensação de força interna.</em></div><br /><div align="justify"><em>(...)</em></div><em>Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta?</em><br /><div align="justify"><em>Também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. </em></div><br /><div align="justify"><em>Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. </em></div><div align="justify"><em>Não sou madura o bastante ainda. Ou nunca serei ...</em></div><br /><div align="justify">(Lispector, mais uma vez, falando da alma da gente melhor do que nós mesmos)</div></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-21346667548271720122009-02-07T13:43:00.001-02:002009-02-07T19:18:03.947-02:00Flores no asfalto ...<div align="justify">Daí que de perto a gente não enxerga direito o todo, fica tudo muito grande e borrado. Acaba conseguindo mesmo é admirar os detalhes, feito bobo, embasbacado com a beleza das pequenas coisas. </div><div align="justify">Mas olhando pra trás, agora de uma certa distância, dá pra dizer que dois-mil-e-oito foi uma continuação do e-sete. E dificilmente uma seqüência consegue preencher todas as enormes expectativas de um original tão bem sucedido, mesmo sendo também tão querida.</div><div align="justify"><br />E é aquela coisa toda das seqüências e seus finais surreais de tão bonitos. Oníricos mesmo. Com nostalgia, alegria, lágrimas, e possibilidades. Infinitas novas possibilidades. Não que elas já não estivessem por aí antes. Sempre estiveram. Mas se a gente não tá preparado, nem percebe, nem se arrisca. Então é como se não existissem.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Eu sei que nunca é abrupto, e sim gradativo. Mas eu só costumo me dar conta abruptamente. De repente você tá lá sonolenta atravessando a rua vazia, com o sol nascendo, escutando o Damien, e bate.</div><div align="justify">Bate que a bagagem tá maior, a Europa tá no coração, as impossibilidades cada vez mais assimiladas. Bate que a casa é outra, o endereço é novo, a rotina mudou completamente. Que tem muito que parece que não encaixa mais, que você anseia por mais, e eu nem consigo mais afirmar se continuo a mesma.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Provavelmente não, a sensação é outra. Talvez só permaneça o que ainda faz sentido. Talvez não importe. Porque dois caminhos divergiam lá na frente, <em>in a wood. And I - I took the one less traveled by. And I’m hoping it’ll make all the diference. </em></div><br /><div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SY3q5m9z_vI/AAAAAAAAAIk/ex19Ett3YsY/s1600-h/optimismo1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5300150611918192370" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 270px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_wt-joJEhBrg/SY3q5m9z_vI/AAAAAAAAAIk/ex19Ett3YsY/s320/optimismo1.jpg" border="0" /></a>"For what it's worth: it's never too late or, in my case, too early to be whoever you want to be. There's no time limit, stop whenever you want. You can change or stay the same, there are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it. I hope you make the best of it. And I hope you see things that startle you. I hope you feel things you never felt before. I hope you meet people with a different point of view. I hope you live a life you're proud of. If you find that you're not, I hope you have the strength to start all over again."<br /><p align="justify"><em></em></p></div>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-62713034933790282782008-12-11T23:02:00.001-02:002008-12-11T23:04:07.819-02:00Sem filtro, na veia ...<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/NNGfxU7PArY&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/NNGfxU7PArY&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Ai, moreno. Viver é bom.<br />Esquece as penas. Vem morar comigo em Babylon.Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-91019980225242895582008-12-09T18:53:00.002-02:002008-12-09T23:25:53.908-02:00Boa sorte ...<div align="justify">Por mais que a gente tente ser ou tente aparentar ser um alguém superior, acaba sendo sim uma espécie de competição cruel. Tácita, sutil, não verbal. Sempre acaba sendo uma situação constrangedora e gerando desconforto.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">E não poderia ter sido diferente. Não contigo. Não depois de todos os sonhos, de todas as lágrimas; do teu pé na minha bunda; e da nova namorada não-estúpida, não-baranga, não-totalmente-desprovida-de-senso-de-humor.<br /><br /></div><div align="justify">Lógico que incomodou de uma maneira estranha. Lógico que deu raiva, ciuminho, e doeu daquele jeito que parece físico. Ver vocês dois ali conversando comigo. Tão cúmplices, com tanta sintonia. Me fez sentir deveras perdedora. Ouvir os planos de vocês pra vida despertou em mim sentimentos não muito bonitos.<br /><br /></div><div align="justify">E não é que eu me orgulhe do que veio em seguida, na verdade, nem sei explicar como é que começou. Mas foi sim de propósito.<br />: Os comentários aparentemente desprendidos de cada encontro. Cada olhar ou desvio do mesmo. Cada referência mínima a algo da gente. Os esbarrões despretensiosos e as pequenas provocações. Tudo.<br /><br /></div><div align="justify">Infantil, patético, eu sei. Mas era uma necessidade.<br />: A escolha do perfume, do decote ou da saia. O capricho maior na postura e na cruzada de pernas. As melhores tiradas, as frases espirituosas, a melhor primeira impressão que eu era capaz de deixar destinada a cada pessoa do teu novo círculo social a qual eu era apresentada.<br /><br /></div><div align="justify">E quanto mais eu notava os sinais, quanto mais eu percebia que estava funcionando, menos eu conseguia parar. Era quase que automático. Era mais forte do que eu.<br />Tinha culpa e arrependimento também, é verdade, mas a vontade era maior. Eu simplesmente tinha que ouvir aquilo, exatamente como foi, da sua boca.<br />: Que você também lembra. Que também ficou mal. E que a minha presença ainda mexe contigo.<br /><br />Eu necessitava do telefonema parcialmente ébrio que te deu a coragem pra confessar.<br />: Os elogios. O quanto você se sente atraído e repara sim em cada detalhe. Que ainda sonha e imagina e me faz de inspiração freqüente pras suas estimulações manuais solitárias.<br /><br />Não sei se consegui disfarçar o sorriso. Não era maldade não. Era apenas porque você não deve ter noção do quanto para mim foi importante saber.<br />: Que você me admira e gosta de ficar por perto. Que eu ainda te faço rir. E que de tempos em tempos você pensa se poderia ter sido ou se pode ser diferente.<br /><br />Então que é isso. Agora eu me dirijo à saída de emergência mais próxima à direita, e faço minha retirada elegante estratégica. Chega. Acabou. Fechou o ciclo.<br />Era tudo o que eu precisava. Certo ou errado, egoísmo ou não, eu só precisava validar a coisa toda. Eu só precisava saber que também é difícil pra você, entende?<br /><br />Porque era realmente muito dolorido aceitar que o incômodo, as noites em claro, a química e os pensamentos tantos eram unilaterais, somente coisa da minha cabeça. Não conseguia assimilar como algo que foi tão forte e devastador pudesse ter se transformado em nada pra uma parte que aparentemente esteve tão envolvida quanto eu, e pelo menos durante algum tempo, parecia ter sentido tanto quanto eu.<br /><br />Porque quando marca forte, sempre fica alguma coisa, não? No mínimo algo bonito pra gente olhar e se lembrar com carinho.<br />E agora que eu sei que você sabe como é, que eu sei que você também passa pelo o que eu passo, eu fico leve. Com uma sensação de calma, desprendimento e plenitude que surgiu eu nem sei direito de onde. E que pode não ser lá muito nobre, mas substituiu todos os sentimentos nada bonitos de outrora.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Agora posso sinceramente dizer o que eu antes só repetia forçosamente pra ver se eu conseguia finalmente passar a acreditar.<br />: Que eu lhe desejo um caminho bonito. Que você merece ser feliz. Que vocês merecem ser felizes. Juntos. Sem mim. E que pela primeira vez na vida, isso me deixa bem e me faz feliz também.</div><div align="justify">'Brigada, babe.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8wbxAg_t2sg&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/8wbxAg_t2sg&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36762646.post-27830317652420239452008-11-25T23:25:00.001-02:002008-11-25T23:28:07.828-02:00Caberá o que há de vir ...<p><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/UmH5s4snQRQ&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/UmH5s4snQRQ&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></p><p>Eu ando sempre pra sentir vontade.</p>Mariana Duquehttp://www.blogger.com/profile/14418310885179275795noreply@blogger.com